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Cláudio Humberto

Cláudio Humberto

Colunista

Cláudio Humberto

Maioria é contra “bandido bom é bandido morto”

| 28/06/2020, 08:04 08:04 h | Atualizado em 28/06/2020, 08:10

Levantamento exclusivo do instituto Paraná Pesquisa para esta coluna e o site Diário do Poder revela que 48,3% dos brasileiros discordam da frase “bandido bom, é bandido morto”. Ainda assim, 43,9% dizem concordar com a afirmação e 7,8% não opinaram. Entre aqueles com escolaridade até o ensino fundamental, a afirmação é sucesso: 53,9% concordam que “bandido bom, é bandido morto”. Só 37,3% discordam.

Faixa etária essencial

As faixas etárias acima de 35 anos concordam com a afirmação da pesquisa. Entre 16 e 34 anos, no entanto, quem discorda é maioria.

País dividido

No Norte/Centro Oeste, a afirmação provocou um empate técnico, com vantagem para aqueles que concordam: 45,4% x 45,1%.

Nordeste também

No Nordeste, também há empate técnico: 45,7% concordam que “bandido bom, é bandido morto”, mas 46,1% discordam.

Dados da pesquisa

O Paraná Pesquisas entrevistou 2.258 pessoas de 194 municípios nos 26 estados e no Distrito Federal, entre 23 e 26 de junho. A margem de erro é 2%.

Deputado da tapioca agora é o preferido de Maia

Figura menor, que virou ministro do Esporte porque Lula quis agradar ao PCdoB, Orlando Silva (SP) agora é homem da confiança do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para tarefas que garantem holofotes, como relatar projetos de visibilidade. É uma jogada de Maia para “prender o rabo” de partidos de oposição mais à esquerda e, ao mesmo tempo, alfinetar o Palácio do Planalto. Nem que para isso prestigie o deputado que usava cartão corporativo do governo para se lambuzar na tapioca.

Curiosa parceria

O ex-ministro da tapioca se prestará ao papel de chancelar o “projeto alternativo” de Rodrigo Maia de uma “lei das fake news”. Vai dar ibope.

Traquinagens

Orlando Silva não se notabilizou só pelas tapiocas malandras. O escândalo que o derrubou foi inaceitável até para o padrão Lula de ladroagem.

Famoso quem?

Como ministro, Orlando era tão inexpressivo que até foi barrado ao tentar visitar a Seleção Brasileira no hotel em Königstein (Alemanha), na Copa do Mundo de 2006.

A hora vai chegar

Até a Segunda Turma do STF, em geral boazinha com essa gente, condenou à prisão Aníbal Gomes (DEM-CE) por corrupção. Isso deixou figurões do MDB quietos como meninos mijados. Porque chegará neles.

Deputada sem medo

A deputada Bia Kicis (PSL-DF) criticou o ministro Edson Fachin (STF) pela defesa da cassação de mandatos por “abuso de poder religioso”. Em meio a inquéritos abertos contra críticos do Supremo Tribunal Federal, é um ato corajoso.

Somos mais fortes

A “imprensa de funerária” não divulga, mas, se a Covid-19 infectou 10 milhões em todo o mundo, 6 milhões estão curados, incluindo Reino Unido, Espanha, Suécia e Holanda, segundo o Worldometer. Dos 4 milhões ainda doentes, 99% (3,975 milhões) têm sintomas leves.

Se fosse outro alvo...

Na quinta, um homem foi preso após atear fogo em um ônibus, aos gritos de “Fora, Bolsonaro!”. Se o alvo tivesse sido o STF, no outro lado da praça, seria um “terrorista”. Como foi na porta do Planalto, era “maluco”.

Mau agouro não funcionou

Dia 18, a notícia era como o deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), crítico do isolamento generalizado, foi internado com coronavírus, quase como falando “bem feito”. Após alguns dias na UTI, teve alta na sexta.

Medida anti-Covid

A CNI oferece a partir de amanhã uma série de cursos online para ajudar empresas a internacionalizar a operação como estratégia de diversificação. “Quero Exportar”, no exportaflixcni.com.br.

Midiamax, 18

O jornal Midiamax, de Carlos Eduardo Naegele, comemora 18 anos no Mato Grosso do Sul, superando a marca dos 50 milhões de page views mensais e consolidado como o jornal de maior audiência no estado.

Empregos bem-vindos

A alta demanda por acrílico para equipamentos de proteção à Covid-19 levou à reativação de uma fábrica da Unigel no interior da Bahia. Serão 1.440 empregos e R$ 10 milhões injetados na economia local por ano.

Pensando bem...

...só pode estar doente uma sociedade cuja Justiça prende blogueiros, apesar da pandemia, e solta bandidos, até do PCC, a pretexto da Covid.

Realidade e ficção

Logo após deixar o governo, em 2002, FHC fez uma viagem de férias com dona Ruth. Os dois apenas, sem seguranças ou assessores.

Escolheram uma remota ilha dos mares gregos. Num restaurante, um grupo de turistas olhava insistentemente e cochichava. Um rapaz fortão do grupo se dirige ao casal, que temia alguma provocação. “Desculpe”, aproximou-se o rapaz, “o senhor trabalha na TV Globo, não?” E Fernando Henrique, com aquele sorriso mordaz: “Trabalhava, meu filho, trabalhava. Meu contrato terminou.”

O voador agasalhou: “Ah, sim... Valeu, tchau.” FHC ainda ouviu o rapaz se gabar com a turma: “Num falei? Num falei? É ele mesmo!” O caso foi analisado pelo sociólogo FHC e pela antropóloga Ruth. Concluíram que, no Brasil, a força da TV é tão poderosa que realidade e ficção se misturam facilmente.

Colaboram: André Brito e Tiago Vasconcelos

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