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Entretenimento

Lucicreide em viagem louca a Marte


A mulher nordestina criada há 30 anos e que ela chama de “orquídea com força de leão” levou a atriz Fabiana Karla longe. Muito longe. Quer dizer, até Marte!

Isso pelo menos é o que acontece nos cinemas a partir desta quinta-feira (4) em “Lucicreide Vai para Marte”, comédia protagonizada pela pernambucana na pele de sua personagem mais famosa do “Zorra Total”.

No filme dirigido por Rodrigo César, a casa de Lucicreide vira um inferno depois da chegada de sua sogra, que, despejada, resolve morar por lá. Abandonada pelo marido, Dermirrei, e sem conseguir liderar seu lar diante dos seus cinco filhos, ela só tem um desejo: ir embora para bem longe.

Sem entender direito onde está se metendo, ela aceita participar de uma missão que levará o primeiro grupo de humanos ao planeta vermelho. Para a empreitada, a atriz de 45 anos filmou dentro de um avião sem gravidade.

“Foi difícil, mas eu faria tudo de novo quando vejo as imagens. Eu não quis ficar devendo para o Tom Cruise, né? Ele também filmou naquele avião. Ele não usa dublê, pois eu também não. Adorei usar a tecnologia e oferecer cenas de verdade, mostrar que os pernambucanos sabem fazer um filme para cinema para todo mundo ver”, conta, orgulhosa.

Imagem ilustrativa da imagem Lucicreide em viagem louca a Marte
A atriz Fabiana Karla estreia nesta quinta-feira (4) nos cinemas com a sua famosa personagem: Lucicreide. |  Foto: Divulgação

A doméstica de “fala esganiçada”, como Fabiana Karla diz, é uma homenagem sincera às mulheres de sua vida. “Às lavadeiras, às tias, às avós, às vizinhas. Uma sonoridade muito familiar à minha infância, quando eu escutava as mulheres cantando ao lavar as roupas. O tom de voz vai do esganiçado para o bravo em segundos. Eu achava engraçado vê-las chorando porque era muito intenso, teatral, com caras e bocas”, descreve.


“Não deixo passar o cavalo selado”


A Lucicreide é uma personagem muito real. A gente acha que vai encontrar com ela na rua. Como você construiu a personagem?

Fabiana Karla Eu criei a Lucicreide lá pelos meus 15 anos. Meus amigos eram minha plateia. Várias vezes, estávamos reunidos em algum lugar e a coisa tomava um vulto tão grande e a risada era tão alta que a gente já tomou muito balde de água na cabeça, na porta dos prédios, na porta da balada. De tanto que a gente brincava e causava gargalhadas.

Depois, me convenceram de que eu devia ir para o Rio e eu acreditei. Lucicreide me levou longe. Meu sonho era participar da “Escolinha do Professor Raimundo”. Toda vez que o Chico Anysio ia ao Recife, eu mandava uma fita VHS. Até que Cininha de Paula sugeriu que os participantes da “Escolinha” trouxessem um personagem a mais. Me lembrei que sempre quis fazer a Lucicreide, fiz o pedido para ela, que acabou, generosamente, aceitando. Foi como pedir a bênção ao Chico.

Qual a diferença de estar no cinema?

A Lucicreide é uma personagem que veio do teatro. Fazer isso crível para o cinema foi bem difícil, do ponto de vista de figurino, de maquiagem, do cenário. A gente teve que entender a arte. O processo foi um pouco doloroso para mim, que trazia a lembrança de antes. Mas a equipe era craque. Guardei várias coisas, as garrafinhas, o foguete...

Quando entrei na casa da Lucicreide, numa casa real em Olinda, eu fiquei muito emocionada. Era muito real, me lembrava minha infância. E, naquele dia, a gente estava com todas as crianças. Na TV, a Lucicreide tem sete filhos, mas, no cinema, escolhemos reduzir para cinco. Mesmo assim, é muito filho.

Olha, eu tinha tirado a vesícula dois dias antes de começar a selecionar o elenco infantil, mas eu fui. Tive um cuidado com as crianças, um apego! Foi difícil o último dia, um chororô só!

Lucicreide sabia que a Missão Marte era sem volta?

Não sabia. Ela entende que são 100 voltas, não sem volta. (Risos) O marido vai embora, a sogra vai morar com ela, a vizinha rouba coisa, a sogra compra os meninos para eles infernizarem a sua vida.

Aí, o filho do patrão, vendo Lucicreide triste e sabendo que o pai está procurando alguém para viajar para muito longe, pensa que vai ajudar os dois e depois o pai vai dar atenção para ele. No final, a Lucicreide vira anjo da guarda dos outros candidatos a astronauta. Acaba sendo o grilo falante dessa galera.

Você já tinha ido ao Kennedy Space Center. Como foi isso?

Sim, bem antes do filme. Quando fui, por acaso, o Marcos Pontes (atual Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações) estava guiando a visita em português. Foi incrível ver um brasileiro, filho de uma faxineira, que virou astronauta.

Foi me dando um negócio e fiquei com aquilo no meu radar. Quando o Rodrigo (diretor) trouxe a ideia de levar a Lucicreide para o cinema, abracei na hora. Não deixo passar o cavalo selado. Acredito no trabalho, não acredito em sorte.

Lembra de algo inusitado na Nasa?

Muito frio, muito frio, muito frio. E lembro que, quando eu entrei no set, vi as espaçonaves e entendi que estava filmando dentro da Nasa, comecei a ficar sem fôlego. Quando o cara disse: “Lucicreide go to Mars, take one”, surtei. Eu pensei: “Tô com lencinho na cabeça e macacão da Nasa”. Era responsabilidade misturada com emoção.

Como foi filmar em um avião sem gravidade?

Fiquei como se fosse uma geleia! Lutando para voltar para o eixo da câmera, me esmerando muito para não voar o lencinho. (Gargalhadas) Acho que meus filhos ficaram orgulhosos depois que mostrei para eles.

Como foi interpretar com um macaco?

Eu tenho medo! Mas, na personagem, o meu medo se dissipa. A personagem me protege. Mas, um dia, o Rodrigo me deu um susto, correu atrás de mim no camarim com o protótipo do macaco. E eu pensei que era de verdade. Gritei muito. (Risos)

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