Justiça manda soltar motorista suspeito de atropelar universitária
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O Superior Tribunal de Justiça determinou a soltura do motorista Wilker Wailant, de 36 anos, acusado de matar a universitária e motogirl Ramona Bergamini Toledo, de 19 anos, em um acidente na avenida Carlos Lindenberg, em Vila Velha, no último dia 04.
Na ocasião, Wilker Wailant foi autuado em flagrante por homicídio culposo na direção de veículo, qualificado por estar dirigindo sob influência de álcool, e foi encaminhado ao Centro de Triagem de Viana (CTV).
A universitária Ramona Bergamini Toledo faria 20 anos nesta quarta-feira (25), justamente no dia da liminar do STJ. A família gravou um vídeo lamentando a decisão e disse que não recebeu nenhum retorno do acusado.
“Nem pedido de desculpas, o carro era locado pela empresa que ele trabalha e até agora não entrou em contato, nem para o prejuízo da moto que era minha”, questionou a irmã da vítima, Pâmela Rocha.
Ramona havia começado a trabalhar com entregas há apenas dois meses antes do acidente. A jovem pilotava uma Honda Biz e estava parada no sinal em um cruzamento da avenida Carlos Lindenberg, em Vila Velha, quando foi atingida por um Ford Ka Sedan que invadiu a contramão.
Familiares da vítima contaram que Ramona tinha sonhos de ter uma casa grande cheia de animais e de terminar o curso de fisioterapia. Ela era aluna do primeiro período de uma universidade particular de Vila Velha.
No dia do acidente, Ramona havia acabado de entregar o último pedido e foi atropelada cerca de dois minutos depois de sair do endereço do cliente. Ela já tinha encerrado o expediente e seguia para casa, que fica a 250 metros do local do acidente.
Testemunhas disseram que o motorista que atropelou a jovem apresentava sinais de embriaguez. Segundo a Polícia Militar, ele se recusou a fazer o teste do bafômetro após o acidente e foi encaminhado para um hospital particular do município.
Defesa
Por meio de nota, a defesa do motorista Wilker Wailant, envolvido em acidente de trânsito que culminou na morte da uma jovem em Vila Velha no início de março, informou que a decisão de conceder a liminar de soltura foi do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Segundo o advogado de defesa do motorista, Ludgero Liberato, a decisão apenas aplicou o entendimento já consolidado de que a prisão preventiva é excepcional. Liberato esclarece ainda que as punições somente podem ser aplicadas após o exercício do direito de defesa, que será exercício ao longo do processo.
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