Jovens são os mais demitidos na pandemia
A crise tem sido pior para os mais jovens. Segundo dados da Secretaria do Trabalho, quase 40% dos pedidos de entrada no seguro-desemprego foram de pessoas na faixa dos 18 aos 29 anos.
Para Sarah Rosado Pereira, CEO da Suprema Soluções em Pessoas, o pacote de intenções do governo, como o contrato por horas de trabalho e a Carteira Verde-Amarela, é uma excelente alternativa de administração empresarial para que muitas empresas sobrevivam e possam dar oportunidades de trabalho aos mais jovens. Mas ela sugere que o pacote seja reavaliado no pós-pandemia.
Segundo Átila Madeira, especialista em Recursos Humanos, tanto os jovens que já estavam trabalhando e acabaram sendo demitidos quanto os que pretendem ingressar no mercado de trabalho agora encontrarão dificuldades.
“A alternativa é aproveitar o tempo livre para qualificar-se ainda mais. Afinal, quando as vagas surgirem, os que estiverem mais preparados terão melhores chances”, afirma o especialista.
Carteira Verde-Amarela
Sob a justificativa de criar mais postos de trabalho, sobretudo por conta da pandemia do novo coronavírus, o Ministério da Economia voltou a discutir uma nova carteira de trabalho, a Verde-Amarela.
Digital e diferente da tradicional, ela vai permitir o registro por hora trabalhada de serviços prestados pelo trabalhador. Além disso, não haverá cobrança do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) - o governo pretende flexibilizar direitos como forma de facilitar novas contratações.
O programa, na verdade, está sendo retomado. O primeiro modelo da Carteira Verde-Amarela, editado por meio de medida provisória, caducou sem avanços na discussão do Congresso Nacional.
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