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Jornal Reportagem especial

Pai de PM morto desabafa: "Amanhã ou depois estarão nas ruas"

O velório aconteceu no Memorial Zelo, em Campo Grande, Cariacica.


Chorando muito e sendo amparado por amigos e familiares, o aposentado José Ferrani, 63 anos,  buscava força para falar do soldado Bruno Mayer Ferrani, que, segundo ele,  era um filho que qualquer pai queria ter.  

O velório foi no Memorial Zelo, em Campo Grande, Cariacica. Família e amigos estiveram presentes para dar o último adeus ao policial, que será enterrado hoje, às 10h, em Santo André, Cariacica.

Em tom de despedida, ele disse: “Para  meu Bruno, só quero que Deus o leve em paz. Ele foi muito especial para todos nós”.

A TRIBUNA -   Como o senhor soube da morte do seu filho?

JOSÉ FERRANI  - Um amigo dele foi até minha casa para me avisar. Quando ele chegou, já senti que algo tinha acontecido. Foi horrível.

Ele tinha duas filhas?

Sim. Uma menina de três anos e outra de seis. A mais nova tem autismo e é muito apegada ao pai. Quem vai cuidar delas agora? A dor? A saudade? Porque são elas que vão ficar.

Como era a relação dele com as filhas?

Ele era o melhor pai do mundo para elas e, para mim, o filho que qualquer um gostaria de ter. Além de ser militar, o Bruno também vendia roupas para complementar a renda e cuidar das filhas. Eu tinha muito orgulho dele, ele era muito importante para todos nós.

Como será daqui pra frente?

Levaram um pedaço grande de mim. A mãe dele também está arrasada, nós estamos casados há 36 anos e ela foi fundamental para que ele entrasse na polícia, já que esse sempre foi o sonho dele.

Até mesmo na contabilidade do meu comércio, o Bruno me ajudava. Agora é tentar caminhar, cuidar das minhas netas e continuar a vida, apesar de ser muito difícil. 

O que  espera da Justiça?

Eles foram presos, porém meu filho foi morto. Amanhã ou depois os criminosos estarão novamente nas ruas cometendo atrocidades. Ele simplesmente foi trabalhar e não voltou, está no caixão pouco depois de completar 30 anos.

Qual recado daria para outros pais de policiais e para seu filho?

É muito complicado, porque a lei parece não proteger os policiais. Eu gostaria que alguém fosse à minha casa e falasse que tudo ficará bem, mas isso não aconteceu.

Meu recado é para que todos os pais e familiares de policiais tenham fé em Deus e que peçam proteção pelos filhos. Para meu Bruno, só quero que Deus o leve em paz. Ele foi muito especial para todos nós.


Mortes sem ligação com ataques

Os assassinatos dos policiais militares Bruno Mayer Ferrani, de 30 anos, e Paulo Eduardo Oliveira Celini, de 29, ocorridos na madrugada de ontem durante uma emboscada em Cariacica, não possuem nenhuma ligação com os ataques a ônibus que aconteceram na semana passada nos municípios de Vitória e Serra. Essa informação foi confirmada pela Polícia Civil.

Segundo a delegada-geral adjunta da Polícia Civil, Denise Maria Carvalho, a morte dos militares foi um caso isolado.

“É importante comunicar para todos que esses assassinatos não têm nenhuma relação com os fatos ocorridos na Grande Vitória na última semana”, explicou.

Essa informação também foi reiterada pelo secretário de Segurança Pública (Sesp), Marcelo Celante, que disse que a prisão dos quatro criminosos foi resultado de trabalho rápido da Segurança Pública.

“Não tem nenhuma ligação com os crimes praticados em Vitória e na Serra. Novamente, as forças de segurança deram uma resposta rápida, assim como foi no caso de Santa Leopoldina”, relembrou.

Já o delegado titular do plantão da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Luiz Gustavo, explicou que os criminosos faziam parte de uma associação criminosa.

“As investigações iniciais dão conta que era uma associação criminosa armada, pronta para praticar roubo e, por consequência, teriam decidido matar os policiais”, explicou o plantonista.

O secretário Marcelo Celante ainda ressaltou que o trabalho teve êxito por conta da integração de forças entre as polícias Civil e Militar, além da própria Secretaria da Segurança Pública.

“A resposta foi imediata. Alcançamos o objetivo, porém a indignação e a dor são grandes. Não temos mais esses jovens policiais conosco no dia a dia”, lamentou.

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