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Jornal Reportagem especial

"Deveriam voltar em sacos pretos", diz comandante sobre suspeitos de matar PM's

Ele também deu detalhes da caçada aos assassinos, que contou com cerca de 200 policiais militares que estavam na escala de trabalho e os de folga


Enquanto falava do trabalho ininterrupto para prender os assassinos de dois soldados que morreram na madrugada de ontem, em Cariacica, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Douglas Caus, não escondia a revolta em perder parte da tropa. 

Mantendo um discurso firme como vem fazendo desde os ataques em Santa Leopoldina e aos  incêndios a ônibus, ele chegou a dizer, ao se referir aos acusados presos ontem: “Deveriam voltar dentro de sacos pretos”.

Ele também deu detalhes da caçada aos assassinos, que contou com cerca de 200 policiais militares que estavam na escala de trabalho e os de folga,  e do sentimento em ter de reconhecer os corpos dos soldados, no hospital.

Luto e prisões

“A Polícia Militar está de luto. A família policial militar está de luto diante do  assassinato covarde. Quatro bandidos estão presos, um trabalho integrado da Polícia Civil, da Secretaria de Segurança Pública. Foram presos, mas a vontade nossa é que não tivessem sido presos e conduzidos com vida, mas cumprindo o nosso papal legalista, foram presos e conduzidos a Delegacia da Polícia Civil, estão sendo autuados pelo delegado.” 

Reconhecimento  dos corpos

“No mesmo momento que nós estávamos acompanhando a ocorrência,  fomos lá até o hospital  reconhecer os corpos. Foi um dos piores momentos da minha carreira. São quase 34 anos de carreira". 

No momento que levantei os lençóis, fiquei extremamente emocionado. Os olhos encheram de lágrimas, não dava para acreditar. Fechei os olhos e, baixinho, fiz uma oração para que Deus os recebesse, que confortasse os familiares e que tivéssemos a capacidade de prender esses facínoras.”

Caçada

“Vários oficiais e praças  foram chamados pelo comandante do 7º Batalhão, vários policiais militares, praças e oficiais, se colocaram a disposição mesmo de folga para fazer diligências,  contribuindo para que conseguíssemos prender esses quatro facínoras que, repito: O nosso sentimento é de que deveriam voltar era dentro de sacos pretos porque não agrediram só um cidadão, agrediram um cidadão e o Estado, covardemente. 

Foram cerca de 160 policiais, entre inteligência, tropas especializadas, Força Tática, Batalhão de Missões Especiais, 7º Batalhão, 16ª Companhia Independente (Nova Rosa da Penha), fora os policiais de folga. Somados, foram aproximadamente 200 PMs.”

Resposta rápida

“Demos uma resposta rápida, em menos de sete horas, mas as nossas condolências aos policiais, o sentimento de consternação,  está em todos os corações”.

Tristeza

“É uma tristeza muito grande perder dois grandes policiais que estavam ali a serviço, protegendo a sociedade e como o nosso juramento diz, mesmo no sacrifício da própria morte, a gente nunca  quer isso, não espera isso, mas aconteceu.

Agora é apoiar a família e ajudar a Polícia Civil no que for possível para que consigamos efetivamente que a Justiça seja feita e que esses facínoras fiquem presos. Um deles com vasta ficha criminal.”

Despedida 

“Irei aos sepultamentos. Eles serão homenageados com honras militares. Autorizamos que todas as viaturas circulem com uma fita preta no retrovisor, representando o luto de toda a Polícia Militar.”

Legislação

“Se fosse em outro local que tivesse uma legislação penal e processual penal digna ou pelo menos razoavelmente digna, eles já estariam presos há muito tempo e seria cadeira elétrica no mínimo, mas no Brasil, infelizmente,  esse tipo de gente cumpre alguns anos de cadeia e depois volta para a sociedade”.


OPINIÕES

"Os dois jovens soldados perderam a vida lutando e defendendo a sociedade Capixaba. Nos solidarizamos com a família e já prendemos os criminosos responsáveis pelo crime", Renato Casagrande, governador do Estado.

"As corporações de Segurança Pública estão de luto. São três dias, em homenagem aos jovens policiais assassinados, em reconhecimento ao trabalho prestado por eles",  Marcio Celante, secretário de Segurança Pública Pública.


ANÁLISE | Thiago Andrade, mestre em segurança pública e professor universitário

“Pessoas  protegidas por heróis como  soldados Ferrani e Celini”

“O assassinato dos militares que estavam prestando serviços à sociedade capixaba,traz uma enorme consternação que deve perpassar pela família e amigos, mas também por homens e mulheres de bem, que saem todos os dias de suas casas pararealizar o trabalho digno.

Essas pessoas são protegidas por heróis como os soldados Ferrani e Celini que, diariamente se colocam em risco para fornecer um pouco de paz àspessoas. 

A execução dos militares é um crime contra a sociedade, afinal, os combatentes viviam para servir e proteger toda coletividade. 

A sensação de medo e impotência pode pairar no cidadão quando da constatação de que os criminosos não temem sequer matar policiais. A ousadia parece não ter fim. 

Para que casos similaresnão ocorram, a resposta estatal deve ser dura e célere, com a devida reprimenda penal aplicada ao caso - duplo homicídio qualificado (matar agentes da segurança no exercício da função).

A esses assassinos, vale as lições do clássico autor GuntherJakobs – Direito Penal do Inimigo, pois são inimigos da sociedade: Condenação com a pena máxima e inclusão em regime disciplinar diferenciado.

Considerando a complexidade e relevância do caso, discutir a segurança dos operadores da segurança pública é necessário.”

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