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Internacional

Veja o que aconteceu de mais importante na 1ª semana da guerra entre Israel e Hamas

Conflito teve início no sábado (7), quando ataques organizados pelo Hamas mataram 1.300 pessoas


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Imagem ilustrativa da imagem Veja o que aconteceu de mais importante na 1ª semana da guerra entre Israel e Hamas
No último sábado (7), o Hamas conseguiu surpreender as forças militares e de inteligência de Israel e invadiu cidades israelenses |  Foto: Yousef Masoud/ Associated Press / Agência Estado

Desde sábado passado (7), Israel lança continuamente mísseis contra a Faixa de Gaza -1.900 palestinos já morreram. O bombardeio é uma resposta aos ataques terroristas organizados pelo Hamas que mataram 1.300 pessoas. Tel Aviv estima que outras cem foram sequestradas.

SAIBA O QUE DE MAIS IMPORTANTE ACONTECEU NA PRIMEIRA SEMANA DO CONFLITO

Ataque surpresa matou 1.300 pessoas

Israel e Hamas se enfrentam há décadas. Nos últimos anos, as duas partes trocaram intensivamente disparos de mísseis e foguetes -aqueles lançados pelo grupo, geralmente, são interceptados por Tel Aviv. São frequentes também os embates entre policiais israelenses e cidadãos palestinos na Cisjordânia, além de ataques terroristas muitas vezes reivindicados ou comemorados pelo Hamas em grandes cidades do país.

No último sábado (7), porém, o Hamas conseguiu surpreender as forças militares e de inteligência de Israel e invadiu cidades israelenses próximas de Gazapor terra, mar e ar. Durante a invasão, os terroristas mataram vários civis, incluindo crianças. Em um dos casos, eles mataram centenas de pessoas em um festival de música eletrônica e sequestraram dezenas.

Os ataques do Hamas são considerados os piores contra Israel desde 1973, quando forças do Egito e da Síria atacaram o país, conflito conhecido como guerra do Yom Kippur, dia sagrado para os judeus. O ataque deste sábado aconteceu 50 anos após aquele confronto.

Brasileiros estão entre os mortos

Ao menos três brasileiros morreram durante os ataques do Hamas -todos participavam do festival de música eletrônica. Segundo testemunhas, homens armados cercaram o local, lançaram granadas e dispararam contra o público. Os mortos brasileiros são Ranani Glazer, 23, Bruna Valeanu, 24, e Karla Stelzer Mendes, 42.

O Exército de Israel anunciou na quarta (11) que há brasileiros entre os sequestrados pelo grupo terrorista. Horas depois, os militares voltaram atrás e disseram não ter certeza. O Itamaraty não confirma a informação.

Israel reagiu com bloqueio e bombardeios com mortes

Logo após os ataques do Hamas, o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, declarou guerra ao grupo e disse que a facção pagará "um preço sem precedentes".

Desde então, Israel lança continuamente mísseis contra a Faixa de Gaza. O governo israelense diz mirar alvos terroristas, mas o Hamas atesta a morte de 1.900 palestinos, incluindo civis -sem contar os 1.500 integrantes da facção mortos dentro de Israel, de acordo com autoridades israelenses.

Além dos disparos, Israel intensificou o bloqueio contra a Faixa de Gaza e, desde sábado, nada entrou no enclave, incluindo comida e insumos médicos. Água e parte da eletricidade do território também foram cortadas. Israel busca, com a tática, pressionar o Hamas a liberar os reféns.

O Egito, que faz fronteira com a Faixa de Gaza, tenta criar uma passagem para a entrada de insumos básicos no território, mas as negociações com aliados de Israel falharam.

Israel sugere que vai invadir a Faixa de Gaza

Na quinta (12), o Exército de Israel afirmou ter 35 batalhões na fronteira com Gaza prontos para invadir a região vizinha no momento em que houver aval do governo de Netanyahu -são cerca de 300 mil soldados de prontidão. No mesmo dia, o governo israelense informou à ONU que os palestinos da Faixa de Gaza tinham 24 horas para saírem da porção norte do território -é nesta região onde está a capital do enclave.

Ao todo, 2,3 milhões de pessoas vivem na Faixa de Gaza, sendo 1,1 milhão na parte norte do território.

A ONU criticou uma eventual invasão e disse que a ação causaria consequências humanitárias devastadoras. O Egito também está preocupado; autoridades temem que palestinos migrem para o país.

Brasil repatriou cidadãos que estavam em Israel, mas sofre para trazer de volta aqueles em Gaza

Nesta sexta, desembarcou no aeroporto de Guarulhos o terceiro avião da Força Aérea Brasileira com brasileiros que estavam em Israel. O primeiro saiu do país do Oriente Médio na terça com 211 brasileiros. No total, mais de 1.700 brasileiros solicitaram repatriação, sendo a maioria turistas hospedados em Tel Aviv e Jerusalém.

O maior entrave, porém, está na força-tarefa para buscar aqueles brasileiros que vivem na Faixa de Gaza. Foram 22 os que pediram ajuda ao governo brasileiro, que ainda não encontrou formas de garantir o transporte com segurança, já que a região é bombardeada continuamente por Israel. A retirada mais fácil seria pelo Egito, mas ainda há trataivas em aberto.

O grupo de brasileiros em Gaza, que inclui crianças e adolescentes, foi alocado em uma escola que já havia sido bombardeada em 2021. A diplomacia brasileira agora tenta levá-los para outro local.

Há perigo de que o conflito se espalhe pela região

Além do Hamas, Tel Aviv mantém tensões com o grupo extremista Hizbullah -suas lideranças estão no Líbano, país na fronteira norte de Israel. Nesta sexta, por exemplo, Israel determinou o fechamento do acesso da maior parte de Metula, a cidade mais ao norte do país, junto à fronteira do Líbano.

Horas antes, as Forças de Israel disseram ter dado tiros de artilharia em resposta a uma explosão em uma cerca na fronteira com o Líbano. O Hizbullah confirmou ter alvejado quatro posições do Exército israelense ao sul. Um jornalista da agência de notícias Reuters foi morto na ação.

Também neste sábado, o número 2 do Hizbullah, xeique Naim Qassem, disse que o grupo está preparado e pronto para apoiar o Hamas no conflito. Por ora, porém, é improvável, que a entidade de fato entre na guerra.

O Irã, que tem uma das maiores forças armadas da região e apoia financeiramente o Hizbollah e o Hamas, também tem se pronunciado sobre o conflito, ainda que negando ter participado dos ataques terroristas.

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