Veja o momento em que o candidato à presidência do Equador é baleado
Vídeo foi feito por pessoas que acompanhavam o candidato na hora do atentado
Escute essa reportagem
O candidato à Presidência do Equador Fernando Villavicencio, 59, foi assassinado com três tiros na cabeça após evento de campanha em Quito, segundo relatos de amigos e assessores do político. A morte foi confirmada pelo presidente equatoriano, Guillermo Lasso, pelas redes sociais.
"Indignado e consternado pelo assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio. Minha solidariedade e minhas condolências a sua esposa e suas filhas. Pela sua memória e por sua luta, asseguro que esse crime não ficará impune", afirmou Lasso em seu perfil na rede social X (antigo Twitter).
"O crime organizado chegou muito longe, mas sobre eles vai cair todo o peso da lei", disse. Ainda não há informações policiais sobre o ocorrido.
O ataque aconteceu por volta das 18h20, segundo a imprensa local, na tarde desta quarta-feira (noite no Brasil). Villavicencio saía do evento, que ocorreu em um colégio, quando foi atingido por disparos assim que entrava no veículo a sua espera na calçada.
Momento do Atentado contra o Candidato a Presidente Fernando Villavivencio no Equador. Morreu no ataque após ser atingido por 3 tiros na cabeça. Fernando fazia oposição contra o Comunista Rafael Correa e já havia recebido asilo no Peru, por sofrer perseguição do ex-presidente. pic.twitter.com/1AhRVyxCge
— Teresa Cordioli Bolsonaro 🇧🇷 (@teresacordioli) August 10, 2023
Segundo a Procuradoria, um suspeito do crime, que ficou ferido em troca de tiros com agentes de segurança, foi apreendido e levado a uma delegacia, mas teve a morte confirmada na ambulância.
Não há informações sobre quem era o suspeito. O órgão federal também afirmou em comunicado pelas redes sociais que o atentado deixou nove vítimas, entre elas uma candidata legislativa e dois policiais.
Villavicencio era um ex-congressista e candidato de centro-direita pelo Movimento Construye. Em pesquisa divulgada na manhã desta quarta no perfil do candidato em redes sociais, ele aparecia com 13,5%, em segundo lugar, atrás da esquerdista Luísa González, com 26%.
O candidato denunciou recentemente, já durante a campanha eleitoral, ao menos três ameaças feitas por um grupo criminoso chamado Los Choneros.
Da província andina de Chimborazo, Villavicencio foi funcionário e sindicalista da estatal do petróleo Petroecuador e, mais tarde, trabalhou como jornalista. Na função, investigou e denunciou corrupção e perdas financeiras em contratos de petróleo.
MATÉRIAS RELACIONADAS:
Crítico do ex-presidente Rafael Correa, ele fora condenado a 18 meses de prisão por difamação devido a declarações feitas contra Correa. Ele buscou asilo no Peru, país vizinho, em 2017.
O Equador vive atualmente instabilidade política e grave crise relacionada ao narcotráfico e à violência, que cresceu no último ano. A taxa de homicídios saltou de 14 para 25 por 100 mil habitantes de 2021 a 2022, e cidades como Guayaquil, a sudoeste do país, têm sido palco de onda de violência com mortos em ataques armados.
Comentários