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Internacional

Confrontos em prisões do Equador deixam ao menos 18 mortos e 11 feridos

Conflitos tiveram início no sábado (22), quando as rebeliões explodiram após a morte de seis detentos


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Imagem ilustrativa da imagem Confrontos em prisões do Equador deixam ao menos 18 mortos e 11 feridos
A intervenção militar nas prisões do Equador continuará até que o controle seja retomado e não haja nenhuma ameaça aos presos ou funcionários, disse o governo |  Foto: Reprodução/Canva/Imagem ilustrativa

Ao menos 18 detentos morreram e outras 11 pessoas ficaram feridas no mais recente incidente de violência carcerária no Equador, assolado por uma crise de segurança.

Após o governo decretar estado de emergência, militares entraram na penitenciária de Guayaquil nesta terça-feira (25) para conter o conflito.

Segundo cifras oficiais, cerca de 2.700 agentes ingressaram na Penitenciária do Litoral e retomaram o controle de três blocos de celas com detonações controladas. Os conflitos tiveram início no sábado (22), quando as rebeliões explodiram após a morte de seis detentos.

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A violência foi resultado do confronto entre facções criminosas dentro da prisão, também conhecida como Guayas 1 e considerada uma das mais perigosas do país. Os detentos usaram armas de fogo e incendiaram instalações com tanques de gás. Um policial ficou ferido.

A crise não se restringe a Guayaquil. Presos em 13 cadeias de dez províncias do país estão atualmente em greve de fome --eles reclamam da falta de atenção do governo e da insegurança nos presídios.

O estado de emergência decretado pelo presidente Guillermo Lasso é válido por 60 dias. O líder estendeu a ordem para as províncias de Manabi e Los Rios, assim como a cidade de Duran, depois que o prefeito de Manta, Agustín Intriago, foi morto a tiros no domingo (23). "O Estado põe ordem na Penitenciária do Litoral porque a força coercitiva jamais se curvará", escreveu Lasso nas redes sociais.

Ele incluiu na publicação fotografias que mostram militares fortemente armados que vigiavam dezenas de presos em um pátio. Os reclusos aparecem com o torso nu, alguns sentados e outros deitados de cabeça para baixo, e com as mãos atadas.

A intervenção militar nas prisões do Equador continuará até que o controle seja retomado e não haja nenhuma ameaça aos presos ou funcionários, disse o governo. O país é atormentado pela violência nas prisões e, por conta dos incidentes frequentes, candidatos presidenciais prometeram reformas nos presídios durante as campanhas para as eleições marcadas para 20 de agosto.

Lasso declara regularmente estado de emergência enquanto tenta combater a violência nos presídios. Desde fevereiro de 2021, as prisões equatorianas são cenário de recorrentes massacres que deixaram mais de 420 presos mortos e um rastro de terror com corpos decapitados e cremados.

A Penitenciária do Litoral já tinha sido palco de confrontos entre facções em abril, quando pelo menos 12 pessoas morreram. Em julho do ano passado, 13 prisioneiros foram mortos na prisão Bellavista, na cidade equatoriana de Santo Domingo.

Um recente censo estabeleceu que, nas 36 prisões locais, há uma população de mais de 31,3 mil presos, sendo que a capacidade é para aproximadamente 30 mil. A maioria foi detida por narcotráfico.

Um comitê de pacificação criado pela equipe de Lasso descreveu no ano passado as prisões como "armazéns de seres humanos e centros de tortura". O relatório chamou a atenção para o crescimento do tráfico de drogas e da violência no país. A taxa de homicídios saltou de 14 para 25 por 100 mil habitantes de 2021 para 2022.

Localizado entre a Colômbia e o Peru --principais produtores de cocaína do mundo-- o Equador apreendeu 455 toneladas de drogas desde que Lasso assumiu o cargo, em maio de 2021. No mesmo ano, o recorde anual de apreensões foi registrado em 210 toneladas.

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