UE diverge sobre sanção ao Irã por envio de armas a aliados do Oriente Médio
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A União Europeia (UE) está resistindo a uma iniciativa franco-alemã de impor sanção ao Irã por causa do fornecimento de mísseis e outros equipamentos militares a seus aliados regionais. Altos funcionários da UE dizem que novas sanções podem prejudicar a diplomacia com Teerã.
França, Alemanha, Holanda e outros cinco países da UE escreveram no mês passado ao Alto Representante da União Europeia para Relações Exteriores e Política de Segurança, Josep Borrell, dizendo que o bloco deveria adotar um regime de sanções que permitisse atingir "atores iranianos que armam, financiam, aconselham e instruem" milícias regionais pró-Irã, bem como os próprios grupos, de acordo com uma carta vista pelo The Wall Street Journal.
A resposta de Borrell, que as autoridades da UE dizem ser apoiada por Washington: "Não façam isso agora". Em uma carta enviada aos oito Estados-membros da UE na semana passada, Borrell disse que a proposta de atacar as atividades de desestabilização regional do Irã "confundiria os dois teatros" da Rússia e do Oriente Médio, "o que poderia ter consequências potencialmente não intencionais".
A disputa foi levantada novamente em uma reunião dos ministros das Relações Exteriores da UE na segunda-feira, dias depois que a Europa e os EUA se comprometeram a impor rápida e conjuntamente novas sanções significativas a Teerã, caso seja comprovado que o país entregou mísseis balísticos à Rússia. As autoridades ocidentais dizem que não têm provas de que o Irã já entregou os mísseis, mas esperam que o faça.
Em reunião da cúpula de líderes da UE nesta semana, os países europeus se comprometerão a expandir as sanções direcionadas contra indivíduos e entidades iranianas se as entregas de mísseis à Rússia prosseguirem, de acordo com um rascunho de declaração visto pelo WSJ.
Na carta de resposta aos líderes, Borell disse que "continua a ser crucial avaliar cuidadosamente o impacto potencial de outras medidas para evitar que o engajamento da UE possa ser interpretado como uma escalada ou prejudicar outros objetivos importantes da política externa, como conter o programa nuclear do Irã, que é mais urgente do que nunca."
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