Tatuadora capixaba é espancada pelo namorado nos EUA pede ajuda na internet
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Uma tatuadora capixaba, que reside no Canadá, usou as redes sociais para denunciar que foi espancada pelo então namorado. As agressões aconteceram no último sábado (7), em um hotel de Las Vegas, nos Estados Unidos.

Isis Muniz, de 25 aos, relatou o ocorrido em postagens no Instagram. Na legenda de uma foto em que mostra o estado que seu rosto ficou, ela escreveu que o agressor, que agora é seu ex-namorado, chegou a ser preso nos EUA, mas foi solto em menos de 24 horas por falta de evidências. Segundo a tatuadora, ela não foi ouvida no tribunal.
Nos stories, a tatuadora descreveu todos os ferimentos que sofreu, além das consequências de cada um dos traumas.
“Tenho o nariz quebrado, laceração no lábio, lábio inchado, tímpano rompido, perda de audição, olho roxo, cortes ao redor dos olhos, inchaço facial, várias e várias lacerações e hematomas ao redor do meu corpo. Nos últimos 4 dias dormi menos de 10 horas no total. As concussões na cabeça me causam dor, lapsos de memória, perda de consciência, espaço e tempo, náuseas, vômitos, problemas de equilíbrio, dores no pescoço, sonolência, dificuldade de concentração, pensamentos confusos e amnésia. Fui diagnosticada com estresse pós-traumático agudo e crônico, além de constantes ataques de pânico. Também machuquei a região lombar, vou ter que fazer fisioterapia para me recuperar. Além das cirurgias plásticas no meu rosto”, contou.
Agora, a vítima busca ajuda para conseguir uma medida protetiva e pede a prisão do acusado. Mas a vítima está encontrando dificuldades tanto com a justiça americana, quanto com a justiça canadense, que afirma não poder fazer nada já que as agressões aconteceram nos EUA.
“Solicitei uma medida cautelar e, mesmo com a ordem ele me contatou e quando chamei a polícia eles disseram que não podiam fazer nada. Hoje passei mais de 12 horas ligando para a delegacia, conselheiros da família de Nevada, tribunal, advogados e todos disseram que, infelizmente, não poderiam me ajudar. Eu tentei pedir uma ordem restritiva aqui no Canadá e eles me negaram porque para pedir, ele precisa me bater primeiro. Então, eu estar com a cara toda destruída não é suficiente porque ele me bateu nos Estados Unidos”, afirmou.
A tatuadora disse que resolveu tornar o caso público para não se entrar para as estatísticas de mulheres vítimas de feminicídio.
“Decidi postar essas provas com a intenção de obter ajuda jurídica nos EUA, especialmente em Nevada (mas considerando o resultado de tudo isso, temo que o estado de Nevada não fará nada contra ele, então imploro que o governo canadense faça algo) porque claramente os advogados de Las Vegas preferem ganhar dinheiro defendendo agressores e criminosos do que defendendo vítimas de crimes horrendos como este. Ele não pode ficar livre e eu quero me sentir segura, mas um pedaço de papel com uma ordem de restrição não vai me impedir de ser morta, então, por favor, ajude-me compartilhando isso até que as autoridades competentes vejam, então este caso tenha um final diferente. Eu não vou desistir. Eu não ficarei em silêncio. Não serei um número ou estatística”, completou.
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