Sexo matou sapos pré-históricos
A espécie encontrada acasalou com vários outros sapos durante a temporada de acasalamento
Escute essa reportagem
Pesquisadores encontraram centenas de fósseis de sapos que viveram há 45 milhões de anos, em uma vala comum na costa do vale Geiseltal, na Alemanha.
Um estudo encontrou uma possível explicação. Segundo os paleontólogos, os sapos morreram de exaustão durante o acasalamento.
Para chegar a essa hipótese, eles tiraram fotos, fizeram desenhos e analisaram os fósseis para saber quantos ossos ainda estavam no lugar e quais ossos e articulações ainda estavam presos. Outra evidência foi que a maioria dos sapos fossilizados morreram em eventos de mortalidade em massa.
Cabe destacar que os sapos vivem, majoritariamente, na terra, indo aos lagos apenas para acasalar. A espécie encontrada em Geiseltal acasalou com vários outros sapos durante a temporada de acasalamento muito curta que, em algumas espécies tropicais modernas, dura apenas algumas horas.
Durante o sexo, esses indivíduos pode ser regularmente abatidos pela exaustão e morrerem afogados. Ainda hoje, túmulos de sapos em massa são encontrados em rotas migratórias e perto ou em lagoas de acasalamento. Situação que se repetiu em Geiseltal.
As carcaças foram movidas por correntes leves nos lagos pantanosos, que evitaram a decomposição e mantiveram os esqueletos em boas condições. Apesar de os sapos terem sobrevivido a eventos de extinção em massa na Terra, algumas espécies foram extintas.
Em 2021, uma das poucas espécies remanescentes de uma antiga linhagem de anfíbios foi declarada extinta, não tendo sido vista em 60 anos. A ONU declarou que os sapos estão entre os animais atingidos pela crise da natureza.
Comentários