Papa celebra vigília pascal e reforça a fé em evento na Basílica de São Pedro
Francisco participa das celebrações da Páscoa, um dia após cancelar, de última hora, a sua presença na Via-Crúcis na Sexta-feira Santa
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O Vaticano foi palco, na noite de sábado (30), de um dos eventos mais simbólicos da fé cristã: a Vigília de Páscoa, liderada pelo Papa Francisco. O pontífice, aos 87 anos, demonstrou sua resiliência e compromisso com sua missão ao presidir a cerimônia direto da Basílica de São Pedro.
O evento, que reuniu cerca de 6 mil fiéis, antecede a celebração da missa pascal e a tradicional bênção “Urbi et Orbi” destinada à cidade de Roma e ao mundo inteiro.
Na Sexta-feira Santa, Francisco cancelou de última hora a participação na Via-Crúcis que ocorreu perto do Coliseu, em Roma.
Em um gesto humilde, mas marcado por profundo simbolismo, o Papa Francisco adentrou a basílica em uma cadeira de rodas, ilustrando a força da fé que transcende as limitações físicas.
Em sua homilia, ele lembrou que a pedra que tampava o túmulo de Jesus Cristo rolou no dia da ressurreição. O papa pediu para que os cristãos mantenham a fé mesmo quando estão pressionados pelo medo, pela aflição ou outras adversidades.
Ele mencionou as “paredes de borracha do egoísmo ou da indiferença que nos impede de nos esforçarmos mais para construir cidades e sociedades mais justas e mais humanas” e também das “nossas vontades de termos paz que são constantemente despedaçadas pelo ódio e pela brutalidade da guerra”.
Neste domingo (31) acontece a missa pascal e a bênção “Urbi et Orbi” (para a cidade e o mundo).
Sua presença ontem foi confirmada pelo Vaticano, apesar do cancelamento de sexta-feira à noite, de última hora, de sua visita à via-crúcis, uma cerimônia que foi celebrada no Coliseu diante de 25 mil pessoas.
O pontífice argentino também havia cancelado sua participação na Via-Crúcis em 2023, mas, no ano passado, ele havia saído de uma hospitalização de três dias para tratar uma bronquite, e a ausência foi comunicada com antecedência.
O cancelamento de sexta-feira reacendeu os questionamentos sobre a capacidade de Francisco para seguir liderando a Igreja Católica e seus 1,3 bilhão de fiéis em todo o planeta.
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