Macron chega à China em meio a tensões no G7 e debate sobre possível convite a Xi
O presidente francês, Emmanuel Macron, chegou a Pequim nesta quarta-feira (3) para uma visita de Estado que se estende até sexta, atendendo a um convite do líder chinês, Xi Jinping. Segundo o governo chinês, os dois presidentes terão encontros para desenvolver as relações bilaterais. Esta é a quarta visita oficial de Macron ao país e ocorre após a viagem de Xi à França no ano passado, marcando os 60 anos de relações diplomáticas.
Pequim afirmou estar pronta para trabalhar com Paris para "fortalecer a comunicação estratégica, aprofundar a cooperação pragmática e avançar em um ambiente global pacífico, estável e próspero". A agenda também envolve o contexto europeu, com a China dizendo esperar um desenvolvimento "sólido e estável" das relações com a União Europeia (UE).
O movimento ocorre em meio a novas tensões dentro do G7. Segundo o Chosun Biz, o governo japonês pediu cautela à França, que presidirá a cúpula do grupo em 2026, diante da possibilidade de convidar Xi para o encontro. Um funcionário de Tóquio afirmou que "China é distante dos valores de liberdade, democracia e Estado de Direito compartilhados pelo G7". Macron pode tratar do tema diretamente com Xi durante a viagem, apoiado por análises que apontam seu esforço para reforçar cooperação econômica e buscar ganhos diplomáticos após desgaste político interno.
O Japão teme que a presença de Xi dificulte a inclusão de questões sensíveis - como expansão marítima chinesa e coerção econômica - na agenda comum do G7. Um diplomata japonês disse ao Chosun Biz: "Estamos nos comunicando de perto com a França, e a França entende plenamente as preocupações do Japão."
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