Israel e Hezbollah trocam ataques após bombardeio que matou mais de 30 pessoas em Beirute
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O Exército de Israel anunciou novos bombardeios contra posições da milícia xiita radical libanesa Hezbollah no Líbano neste sábado, 21, um dia após um ataque contra um prédio no subúrbio de Beirute, capital do Líbano, que matou 16 militantes do Hezbollah, incluindo dois importantes oficiais da Força de elite Radwan.
Já o Hezbollah lançou cerca de 25 foguetes contra o norte de Israel neste sábado, segundo o Exército israelense. A polícia de Israel afirmou que os bombardeios causaram danos e iniciaram incêndios, mas ninguém ficou ferido.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) também anunciaram a lista dos membros do Hezbollah que foram mortos no bombardeio em Beirute na sexta-feira, 21. Segundo autoridades de Saúde do Líbano, 37 pessoas morreram e 68 ficaram feridas. Este foi o maior ataque de Israel contra a capital libanesa desde a última guerra entre Tel-Aviv e o Hezbollah, em 2006.
Entre os integrantes do Hezbollah que foram mortos estão Ibrahim Aqil, chefe das operações militares do Hezbollah e Ahmed Wahbi, chefe da unidade de treinamento da milícia xiita radical libanesa. Segundo o governo israelense, ambos estavam coordenando um plano de invasão terrestre contra Israel.
Ataques em Beirute
O bombardeio israelense ocorreu à luz do dia, em um bairro densamente povoado no subúrbio de Beirute, enquanto pessoas voltavam do trabalho e alunos das escolas. Tropas libanesas isolaram a área, impedindo que as pessoas chegassem perto do prédio que caiu, enquanto membros da Cruz Vermelha Libanesa retiravam corpos dos escombros.
Esperando por um contra-ataque do Hezbollah, o governo israelense fechou neste sábado o espaço aéreo no norte do país para voos privados. As restrições não se aplicam para voos comerciais, segundo o Exército de Israel.
Explosões
A troca de ataques entre Israel e a milícia xiita radical libanesa ficaram mais intensas após a explosão de pagers e walkie-talkies de integrantes do Hezbollah ao redor do Líbano na terça-feira, 17, e na quarta-feira, 18, em uma ação atribuída a Israel. Somadas as duas explosões, o número de mortos chegou a 37 e 3 mil ficaram feridas.
Em um pronunciamento na quinta-feira, 19, o chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, afirmou que o grupo irá retaliar contra Israel e não irá parar com os bombardeios no norte do país vizinho. "O inimigo cruzou todas as fronteiras e linhas vermelhas e enfrentará uma punição severa e justa."/AP
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