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Internacional

França: boca de urna indica esquerda na frente no 2º turno pelo Parlamento

NFP obteria entre 172 e 215 dos 577 assentos da Assembleia Nacional (câmara baixa)


Imagem ilustrativa da imagem França: boca de urna indica esquerda na frente no 2º turno pelo Parlamento
Uma multidão de pessoas se reuniram na Praça da República no centro de Paris, na França, neste domingo após o resultado das eleições parlamentares |  Foto: Christophe Ena / AP / Estadão Conteúdo

Em reviravolta, a coalizão de esquerda radical Nova Frente Popular sai vitoriosa no segundo turno das eleições legislativas deste domingo, 7, segundo a boca de urna. A aliança pode chegar a 215 assentos na Assembleia Nacional, derrotando o partido de Marine Le Pen, Reagrupamento Nacional, que era considerado favorito após a vitória no primeiro turno, mas sem maioria absoluta, o que aumenta a incerteza sobre o futuro da França.

O NFP obteria entre 172 e 215 dos 577 assentos da Assembleia Nacional (câmara baixa), seguido pela aliança governista com 150 a 180, e o partido da direita racional Reunião Nacional (RN) e seus aliados com 115 a 155, segundo quatro projeções diferentes.

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Diante do resultado, o primeiro-ministro, Gabriel Attal, aliado de Emmanuel Macron, anunciou que apresentará sua renúncia ao presidente na segunda-feira. Ele destacou, no entanto, que continuará no cargo "enquanto o dever assim exigir", especialmente porque nenhum bloco político conseguiu a maioria absoluta.

Em nota, o Eliseu afirma que Macron vai esperar para tomar decisões sobre o novo governo e garante que a "escolha soberana do povo francês será respeitada".

O líder da esquerda radical Jean-Luc Mélenchon, do França Insubmissa, disse que os resultados são um "imenso alívio para a maioria das pessoas em nosso país". Ele é o mais proeminente dos líderes de esquerda que se uniram inesperadamente antes das eleições de dois turnos para evitar a vitória da direita radical.

"A derrota do presidente da República e de sua coalizão está claramente confirmada. O presidente deve se curvar e admitir essa derrota sem tentar contorná-la", disse Mélenchon. "O primeiro-ministro deve sair", defendeu ele, acrescentando que o presidente tem o dever de convocar a Nova Frente Popular para formar governo.

O discurso é um indicador da incerteza que está por vir. Mélenchon disse que não negocia com Emmanuel Macron e que o presidente de centro se recusou a negociar com ele. Como nenhum dos blocos políticos deve chegar a maioria absoluta de 289 assentos na Assembleia Nacional, não está claro quem será o primeiro-ministro da França.

A eleição deste domingo, 7, foi marcada pelo forte comparecimento de franceses às urnas. A participação era de 59,7% até às 17h (horário local) e pode chegar a 67%, apontam as estimativas.

"A França rejeitou o governo da extrema direita", disse Mujtaba Rahman, diretor do Eurasia Group para Europa. "As primeiras projeções sugerem que a Frente Republicana teve um desempenho muito melhor do que o esperado - não apenas impedindo a vitória de [Marine] Le Pen, mas também relegando-a ao terceiro lugar."

Os quase 50 milhões de eleitores tiveram que escolher entre a direita radical e a "frente republicana", a aliança entre os centristas liderados por Emmanuel Macron e a esquerda para impedir que o Reunião Nacional conquistasse maioria absoluta. O partido da direita radical saiu na frente no primeiro turno, com 33% dos votos e era considerado favorito, mas teve um desempenho abaixo do esperado neste domingo.

A votação foi antecipada por Macron após a vitória do partido de Marine Le Pen nas eleições europeias, uma manobra considerada arriscada, que pegou o país de surpresa.

Após os resultados do primeiro pleito, a coalizão da esquerda Nova Frente Popular (NFP) e a aliança de centro do presidente Macron concordaram em retirar os candidatos menos competitivos nos distritos com disputas triangulares no segundo turno para evitar a divisão de votos que poderia favorecer o RN.

Artistas e jogadores de futebol também fizeram apelos para impedir a vitória do RN, em um movimento semelhante ao de 2002, quando Jean-Marie Le Pen, pai de Marine, concorreu pela primeira vez à presidência e perdeu.

"Mais do que nunca, temos que votar. É realmente urgente. Não podemos deixar o país nas mãos destas pessoas", disse na quinta-feira o capitão da seleção francesa de futebol, Kylian Mbappé.

Se nenhum bloco obtiver a maioria absoluta, surgem vários cenários: uma difícil coalizão entre parte da esquerda, o partido no poder e os deputados de direita que não se associaram ao RN, ou mesmo um governo tecnocrata com apoio parlamentar.

O primeiro-ministro de centro, Gabriel Attal, anunciou que seu governo está disposto a permanecer no cargo "o tempo que for necessário" para garantir a continuidade do Estado.

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