Egito expressa ceticismo sobre acordo entre Israel e Hamas por cessar-fogo
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Um dos mediadores nas negociações por um cessar-fogo em Gaza, o Egito expressou ceticismo nesta quarta, 21, sobre um acordo, à medida que mais detalhes emergiam da proposta destinada a resolver divergências nas discussões sobre a trégua entre Israel e Hamas, um dia antes de nova rodada de conversas em Cairo.
Autoridades do Egito, em seu papel único tanto de mediador quanto de parte afetada, uma vez que faz fronteira com Gaza, disseram à Associated Press que o Hamas não concordará com a proposta de cessar-fogo por uma série de razões - além da desconfiança de longa data sobre se um acordo realmente removeria as forças israelenses de Gaza e acabaria com a guerra.
Uma das autoridades, com conhecimento direto das negociações, disse que a proposta exige a implementação da primeira fase do acordo, que teria o Hamas libertando os reféns civis mais vulneráveis capturados em seu ataque de 7 de outubro a Israel que desencadeou a guerra. As partes negociariam as fases seguintes sem "garantias" para o Hamas por parte de Israel ou dos mediadores.
"Os americanos estão oferecendo promessas, não garantias", disse o oficial. "O Hamas não aceitará isso, porque praticamente significa que o Hamas libertaria os reféns civis em troca de uma pausa de seis semanas nos combates sem garantias para um cessar-fogo permanente negociado."
Um segundo representante egípcio, informado sobre os últimos desdobramentos nas negociações, disse que havia poucas chances de um avanço, pois Israel se recusa a se comprometer com uma retirada completa de Gaza na segunda fase do acordo.
A autoridade também disse que o Egito informou aos Estados Unidos e a Israel que não reabrirá a passagem de Rafah para Gaza, um ponto de entrada crucial para ajuda humanitária, sem a retirada completa das forças israelenses do lado palestino e do corredor Philadelphi - onde Israel quer impedir que o Hamas reabasteça seu arsenal através de túneis de contrabando.
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