X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Internacional

Chinês é condenado por vender vídeos racistas de crianças da África

Homem pagava para que crianças, adolescentes e mulheres gravassem mensagens personalizadas em vídeos que seriam vendidos online


Imagem ilustrativa da imagem Chinês é condenado por vender vídeos racistas de crianças da África
Lu negava que seus vídeos tivessem conteúdo racista e dizia que seu objetivo era, na verdade, difundir a cultura chinesa entre as comunidades locais |  Foto: Reprodução/Canva

Um homem chinês que filmava crianças do Maláui fazendo falas racistas sobre si mesmas em mandarim para vender os vídeos online foi condenado a um ano de prisão por uma corte do país africano.

A informação é da emissora britânica BBC, cuja sucursal no continente identificou o criminoso em um documentário no ano passado. Lu Ke, conhecido como Susu, foi acusado de 14 crimes, incluindo tráfico e exposição de menores. Como ele já passou o equivalente ao tempo da sentença sob custódia à espera do julgamento, o tribunal ordenou que ele deixe o país em no máximo sete dias e que jamais retorne.

Leia mais notícias Internacionais aqui

Lu lucrava com o racismo existente em parte da sociedade chinesa. Ele e outros compatriotas viajavam a vilas pobres na África e pagavam cerca de US$ 0,50 (R$ 2,40) por dia para que crianças, adolescentes e mulheres gravassem mensagens personalizadas em vídeos que seriam vendidos online.

Um dos registros mostra cerca de 15 crianças de uniforme vermelho falando "sou um demônio negro; meu Q.I. é baixo", "demônio negro",  é o equivalente racista em chinês para "crioulo".

Em outro, um grupo diz estar faminto ao mesmo tempo em que o cinegrafista põe uma porção de batata frita em frente à câmera. Um terceiro exibe um conjunto de crianças e jovens prometendo jamais sair da África.

Os vídeos eram vendidos por até US$ 70 (R$ 375) em redes sociais e sites como Taobao, da Alibaba, também dona do AliExpress. Quando a identidade de Lu foi divulgada, ele fugiu para a Zâmbia. Tendo entrado lá de modo ilegal, foi extraditado de volta ao Maláui, onde havia um mandado de prisão contra ele.

Lu negava que seus vídeos tivessem conteúdo racista e dizia que seu objetivo era, na verdade, difundir a cultura chinesa entre as comunidades locais. Ele também afirmou ter pago US$ 16 mil (R$ 75 mil) ao governo como forma de compensar suas vítimas e financiar atividades ligadas à responsabilidade social.

Ao estrear, em junho de 2022, o documentário da BBC sacudiu as relações sino-africanas. A China logo reagiu, com o diretor-geral do Departamento de Assuntos Africanos da chancelaria chinesa, Wu Peng, afirmando no Twitter que seu país vinha "reprimindo esses atos ilegais online nos últimos anos". Ele ainda prometeu medidas mais efetivas para "punir vídeos de discriminação racial no futuro".

O continente africano é o destino da maior parte dos investimentos chineses e representa uma peça central nas ambições globais do gigante asiático. Casos de discriminação e racismo contra negros na China têm, no entanto, aparecido com frequência cada vez maior na agenda da região com Pequim.

Em 2020, viralizaram vídeos de nigerianos sendo expulsos de restaurantes e hotéis em Guangzhou, no sul, estigmatizados por supostamente "espalharem Covid" pelo local. A Nigéria afirmou à época que a situação era "angustiante, perturbadora e inaceitável".

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: