China nega interferência nas eleições dos EUA e critica 'perseguição' ao país
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O Ministério das Relações Exteriores da China negou as acusações de interferências nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, classificando as alegações como "perseguição" ao país. O órgão chinês ressaltou seu princípio diplomático básico de "não interferir em assuntos internos de outros países" e que "nunca teve qualquer interesse na eleição americana".
"Os EUA precisam parar com a paranoia, a perseguição e o ato de atirar lama na China para desviar a atenção e evitar a culpa, e passar a contribuir para uma relação bilateral estável entre China e EUA e o bem-estar de ambos os povos", afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lin Jian.
Os comentários chineses foram realizado nesta segunda-feira, 29, durante coletiva de imprensa, em resposta a falas do secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken, alegando que há evidências de influência e possível interferência da China nas eleições americanas. As afirmações de Blinken ocorreram em entrevista à CNN, no último sábado.
Na mesma coletiva, o porta-voz Lin Jian também reiterou críticas ao pacote de ajuda militar para Taiwan, aprovado pelos EUA na semana passada, e voltou a defender relações comerciais com a Rússia e o Irã. Segundo ele, as ações americanas infringem a soberania da China e o direito a "relações econômicas e trocas comerciais normais", sob jurisdição da lei internacional, o que cria "sérios obstáculos para a cooperação com os EUA em áreas relevantes".
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