China e Rússia iniciam exercícios navais após Otan chamar Pequim de 'facilitador' de guerra
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As forças navais da China e da Rússia iniciaram neste domingo um exercício conjunto em um porto militar no sul da China, informou a agência de notícias chinesa Xinhua. O exercício acontece dias depois de os aliados da Otan chamarem Pequim de "facilitador decisivo" da guerra na Ucrânia.
Em breve comunicado, o Ministério da Defesa chinês disse que forças de ambos os lados patrulharam recentemente o oeste e o norte do Oceano Pacífico e que a operação não tinha relação com situações internacionais e regionais, e nem tinha terceiros como alvo.
O exercício, que começou na província de Guangdong e deverá durar até meados de julho, teve como objetivo demonstrar as capacidades das marinhas em enfrentar ameaças à segurança e preservar a paz e a estabilidade global e regional, informou a emissora estatal chinesa CCTV, no sábado. A emissora ainda detalhou que a manobra iria incluir exercícios antimísseis, ataques marítimos e defesa aérea.
Os exercícios conjuntos de Rússia e China ocorreram na esteira das últimas tensões entre China e aliados da Otan. Na semana passada, um comunicado oficial aprovado pelos 32 membros da aliança chamou Pequim de "facilitador decisivo" da guerra da Rússia contra a Ucrânia. Os membros europeus e norte-americanos da aliança, além de seus parceiros no Indo-Pacífico, veem cada vez mais preocupações com a segurança provenientes da Rússia e dos seus apoiadores asiáticos, especialmente da China.
Em resposta, a China acusou a Otan de procurar segurança à custa dos outros e disse à Otan para não trazer "o mesmo caos" para a Ásia. O Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês sustentou ainda que o país tem uma posição justa e objetiva sobre a guerra na Ucrânia.
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