Cerca de 170 mulheres engravidam após falha em anticoncepcional, diz entidade
Aproximadamente 170 chilenas engravidaram enquanto tomavam pílulas de anticoncepcional, segundo a Miles Chile, entidade que atua na defesa dos direitos sexuais e reprodutivos nos país.
Segundo informações do blog Universa, do UOL, a estudante Gloria Román, 25 anos, foi uma das chilenas que engravidou mesmo tomando os comprimidos. Ela começou a passar mal em 2019 e passou por uma bateria de exames, onde a gestação foi confirmada.
"Foi impactante receber a notícia, não estava nos meus planos. Eu me cuidava e, mesmo assim, engravidei. Fiquei chocada, não tinha economias e queria continuar a faculdade", contou.
Após denúncias, o Instituto de Saúde Pública (ISP) tirou de circulação um dos lotes das pílulas Anulette CD, em agosto de 2020, ainda de acordo com o UOL. Quatro dias depois, outro lote apresentou problemas e o registro do medicamento foi suspenso.
Em outubro do mesmo ano, o ISP suspendeu quatro lotes dos anticoncepcionais Minigest e o Conti-Marvelon, que também apresentaram falhas.
O Anulette e o Minigest são produzidos no Chile. Já o Conti-Marvelon é fabricado no Brasil pelo laboratório Eurofarma e vendido no outro país pela MSD, conforme informações do UOL.
O ISP condenou a farmacêutica Silesia a uma multa de R$ 520 mil pelas falhas no Anulette. No caso das pílulas do Minigest, foi a própria farmacêutica que pediu a retirada de circulação.
O outro lado
A Silesia disse que as falhas foram pontuais. A suspensão do registro do Anulette já foi retirada e ele voltou a ser vendido.
Em nota enviada ao UOL, a MSD explicou que não houve alteração na composição dos medicamentos, mas afirmou que a utilização das pílulas em uma sequência diferente da recomendada "pode levar a um sangramento irregular ou mesmo a redução da eficácia contraceptiva".
"Como o problema relatado refere-se a um lote específico (número 608442) vendido no Chile, não houve nenhum impacto ou necessidade de medidas preventivas a respeito" no Brasil, completou a farmacêutica.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) destacou que não registrou nenhuma reclamação no País
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