Ao menos 13 pessoas são presas após incêndio com mais de 150 mortos em Hong Kong
"Só queriam ganhar dinheiro à custa da vida das pessoas", disse o chefe de polícia de Hong Kong
A polícia de Hong Kong informou nesta segunda-feira, 1, que 13 pessoas foram presas até o momento no âmbito da investigação sobre o incêndio em um complexo residencial que deixou ao menos 151 mortos.
O chefe de polícia de Hong Kong, Chan Tung, disse à imprensa que os agentes "abriram imediatamente uma investigação por homicídio culposo", o que levou à detenção de 13 suspeitos - 12 homens e uma mulher, com idades entre 40 e 77 anos.
As autoridades disseram ainda que parte das redes de proteção utilizadas nas obras de reforma do complexo não seguia as normas de segurança contra incêndios.
Descumprimento de normas
"A polícia coletou amostras de 20 pontos diferentes no complexo Wang Fuk nos últimos dois dias", explicou o funcionário de alto escalão do governo de Hong Kong, Eric Chan.
Segundo ele, amostras de sete pontos - coletadas em quatro das sete torres atingidas - "não cumpriam os padrões de proteção contra incêndios". "Eles só queriam ganhar dinheiro à custa da vida das pessoas", disse Chan.
O incêndio, que começou na quarta-feira, 26, atingiu sete dos oito prédios do complexo. As chamas só foram controladas na sexta-feira, 28. O número de mortos subiu para 151, cinco a mais do que no balanço anterior.
"O número de mortes confirmadas chega a 151. Não podemos descartar que o número continue aumentando", disse à imprensa a comandante da polícia de Hong Kong, Tsang Shuk-yin.
Ela disse que dezenas de pessoas continuam desaparecidas, mas que algumas provavelmente estão entre os 39 corpos que ainda não foram identificados. "Teremos que esperar até concluirmos a análise dos sete blocos para então elaborar um relatório final", afirmou.
Tsang acrescentou que a equipe da Unidade de Identificação de Vítimas de Desastres da polícia de Hong Kong inspecionou completamente cinco dos prédios queimados, mas só conseguiu avançar parcialmente pelos outros dois. As equipes também avaliavam a segurança dos demais edifícios, incluindo aquele onde o incêndio começou e que sofreu os maiores danos. (Com agências internacionais).
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