Acordo facilita a entrada de brasileiros sem filas nos Estados Unidos
Viajantes vão poder aderir a programa que garante rapidez no controle de passaporte na chegada a aeroportos norte-americanos
Embora a exigência de visto não mude, os brasileiros passarão a ter a opção de ingressar nos Estados Unidos com mais agilidade. O governo anunciou, na segunda-feira (7), que o Brasil entrou no programa “Global Entry” (GE) – entrada global, em inglês – que dá mais rapidez no controle de passaporte na chegada aos aeroportos dos EUA.
Normalmente utilizado por viajantes frequentes aos Estados Unidos, o programa já está em vigor para outros 11 países.
O Brasil será o terceiro país da América do Sul a participar do programa, já disponível para viajantes argentinos e colombianos. A lista ainda inclui Índia, Reino Unido, Alemanha, Panamá, Singapura, Coreia do Sul, Suíça, Taiwan e México.
Por meio do GE, os brasileiros também poderão escapar das longas filas de imigração nos Estados Unidos e fazer o controle de passaporte diretamente em quiosques automáticos – semelhantes aos instalados pela Polícia Federal nos principais aeroportos internacionais do Brasil.
Para participar, é preciso se cadastrar junto à Autoridade de Aduanas e Proteção de Fronteiras (CBP, na sigla em inglês), órgão norte-americano responsável pelo controle de entrada de estrangeiros naquele país.
Além do pagamento de uma taxa de US$ 100 (R$ 526, na cotação atual), será preciso passar pelo crivo das autoridades americanas.
De acordo com nota conjunta do governo, a implementação do GE para cidadãos brasileiros foi coordenada pela Casa Civil e contou com o envolvimento dos Ministérios das Relações Exteriores, da Justiça e Segurança Pública e da Economia, assim como da Receita Federal e da Polícia Federal.
“O trâmite simplificado para viajantes brasileiros nos EUA estimulará contatos empresariais, interação cooperativa e turismo, fortalecendo as relações entre os dois países”, afirma comunicado da Casa Civil.
Integração
O ingresso no programa era uma reivindicação antiga do setor privado brasileiro, que avalia ser uma medida fundamental para a integração das economias, mas a adesão do Brasil ao Global Entry enfrentava entraves.
Um deles era a resistência das autoridades brasileiras em compartilhar com os americanos certas informações dos viajantes –por exemplo, informar ao governo dos EUA se determinada pessoa está sendo processada, mesmo que não tenha sido condenada.
TIRA-DÚVIDAS
Como funciona o Global Entry?
- É um sistema que agiliza a entrada do viajante nos Estados Unidos, evitando as filas na imigração. O controle é feito por totens automáticos que fazem a leitura do passaporte, eliminando a necessidade de contato com os agentes de imigração.
Ainda é preciso de visto para entrar nos EUA?
- Sim. Mesmo tendo o Global Entry, a exigência de visto continua a mesma.
Como realizar o pedido do Global Entry para uma viagem?
- É preciso preencher um formulário no site do Programa de Viajantes Confiáveis (https://ttp.dhs.gov/) e escolher a opção Global Entry. Aí você precisará ver se é elegível para o programa, preencher o formulário, pagar uma taxa e agendar uma entrevista.
Quanto custa para fazer o pedido de Global Entry?
- Custa US$ 100, o equivalente a R$ 526, na cotação atual.
O que acontece depois da inscrição?
- Depois de enviar a sua inscrição e pagar a taxa, os dados serão avaliados e, caso a solicitação seja aprovada, o sistema irá indicar para marcar uma entrevista, que será presencial com um funcionário da imigração dos Estados Unidos.
- A entrevista é individual e pelo site do Global Entry é possível escolher o melhor endereço para o solicitante.
Fontes: O Estado de S.Paulo e G1
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