Casas nos bairros Praia do Canto e Santa Helena vão virar prédios
Propriedades na Praia do Canto e em Santa Helena, arrematadas em leilão, vão virar edifícios residenciais ou comerciais
Duas casas na Praia do Canto e outras três em Santa Helena, Vitória, devem virar condomínios residenciais ou comerciais nos próximos meses, avaliam especialistas do setor imobiliário.
Em Santa Helena, os imóveis leiloados pela massa falida do Banco Santos Neves já foram arrematados e estão em vias de terem o projeto para o local divulgado pelo proprietário, adiantou o leiloeiro Mauro Colodete.
“Ele está aguardando regularizar os documentos para poder falar o que será realizado no local”, disse.
A localização, porém, é propícia para a construção de prédios com apartamentos de alto padrão, lojas comerciais ou ambos juntos, avalia o vice-presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU), Greg Repsold.
O Plano Diretor Urbano (PDU) de Vitória permite, segundo Repsold, a construção de prédios com até 75 metros de altura nessa região, o que daria em média 25 pavimentos.
“A legislação urbanística com relação ao terreno é bem interessante para o desenvolvimento de empreendimentos (imobiliários)”, afirma o arquiteto.
Nessa área, explica ele, é permitido construir até 2,8 vezes a área do terreno caso seja um empreendimento residencial ou de uso misto, e 1,4 vezes a área do terreno se for de uso comercial.
As casas foram leiloadas no dia 1º de outubro, com lance mínimo de R$ 8.458.000.
Já na Praia do Canto, dois imóveis pertencentes à Marinha do Brasil também podem dar lugar a empreendimento imobiliários, ressalta o presidente do Sindicato dos Corretores de Imóveis do Espírito Santo (Sindimóveis-ES) e vice-presidente da Federação Nacional dos Corretores (Fenaci), Erivelton Moreira.
Essa é, inclusive, a mais provável destinação, dado o estado de conservação dos imóveis e também a já reconhecida procura por parte de construtoras para a participação no leilão, que ainda não tem data para ocorrer.
Moreira afirmou que lances já estão sendo negociados diretamente com a Marinha, por canais oficiais.
A negociação se deve, principalmente, pelas condicionantes do certame. O vencedor do leilão terá de entregar uma casa qualquer, na Ilha do Boi, além de 20 apartamentos em Itaparica ou região, mais uma diferença em dinheiro.
Saiba Mais
Praia do Canto
Duas casas, avaliadas em R$ 21.277.000, fazem parte das propriedades da Marinha do Brasil e serão leiloadas em troca de locais para se tornarem alojamentos.
Um dos imóveis, estimado em R$ 4.488.000, fica na Rua Agrimensor Adolpho Oliveira, n 59, e possui terreno que mede 398 metros quadrados, com área construída de 225,43 metros quadrados.
Entre as benfeitorias, estão muro construído e área para churrasqueira.
Já o segundo imóvel fica na Rua Constante Sodré, número 960, também na Praia do Canto, e possui 1.354,90m de terreno e 673,69 m de área construída, com benfeitorias como piscina e área de churrasqueira.
Duas construtoras já procuraram a Marinha com interesse em construir condomínios nos terrenos. O relatório da consultoria sobre um dos imóveis aponta, inclusive, a demolição da residência como o “mais plausível”, dadas as condições de conservação.
O nome das construtoras e o projeto previsto para as áreas, porém, não foi revelado. O bairro, no entanto, é um dos principais destinos de condomínios de alto padrão.
Santa Helena
Leiloadas no dia 1º de outubro, as casa no bairro de área nobre já possuem novo proprietário — que, no entanto, ainda não foi revelado.
A previsão é que, nas próximas semanas, assim que documentações forem regularizadas, o projeto para a área seja anunciado oficialmente.
A avaliação, porém, é que a mais provável destinação seja para a realização de empreendimentos imobiliários, como condomínio residencial, de lojas ou misto.
Os imóveis pertenciam à massa falida do Banco Santos Neves, que teve a liquidação extrajudicial decretada pelo Banco Central, em 2001, e o processo de falência instituído sete anos depois, em 2008.
Especialista no setor admite, no entanto, a existência de procura por esses imóveis vindas de outros segmentos, que não o setor imobiliário.
Segundo ele, pela área limitada, é possível que prédios não sejam a destinação, mesmo que haja interesse do setor imobiliário.
Há a possibilidade, porém, da aquisição de terrenos ao lado para ampliação do espaço.
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