Homem esfaqueia mulher grávida de sete meses e dois vizinhos na Serra
Um autônomo de 38 anos esfaqueou a mulher dele, grávida de 7 meses, dentro de casa em Cidade Pomar, na Serra, na noite deste sábado (23). O homem teria tido um surto e atacou a mulher com uma faca, dois vizinhos do casal tentaram ajudar, mas acabaram feridos. Moradores conseguiram segurar e amarrar o agressor, até a chegada da polícia.
De acordo com uma vizinha da vítima, por volta das 23h começaram a ouvir os gritos da autônoma, que tem 28 anos. “Quando nós olhamos pela janela, achamos que ele estava batendo nela, porque não vimos a faca. Gritamos por ajuda e meu namorado, minha mãe e meu irmão correram até lá”, revelou uma estudante, de 17 anos. Ela pediu para não ser identificada.
Os vizinhos subiram as escadas, mas logo em seguida desceram correndo, já que o homem estava transtornado com a faca na mão. “Ele desceu correndo igual um doido, atrás de quem estivesse na rua”, contou a estudante.
Na confusão para sair da casa, o agressor atingiu o irmão da adolescente com uma facada no rosto. O jovem, um auxiliar de logística de 21 anos, teve um ferimento profundo na região do olho. Outra mulher que estava na rua, de aproximadamente 50 anos, também foi ferida por ele no braço.
Um morador, que trabalha como segurança, conseguiu tirar a faca da mão do autônomo, enquanto os outros seguraram e amarraram as mãos e pés do agressor, que foi levado pela polícia para o Plantão Especializado da Mulher (PEM), em Vitória.
Ferida, a grávida foi pedir ajuda na casa da estudante. “Ela dizia que queria continuar viva para cuidar da neném. Era muito sangue, nunca vi tanto na minha vida. Ela estava ferida no pescoço, no rosto, na coxa e nas pernas. Não tinha sangue na barriga, mas ela disse que ele chutou”, disse.
A filha da autônoma, de 8 anos, estava na casa e viu toda a cena. “Ela ficou pedindo socorro e gritando, muito assustada e desorientada. Depois uma vizinha conseguiu pegar ela”, contou.
A situação pegou todo mundo de surpresa. “Nunca vi nenhuma briga entre eles, era uma família que parecia feliz. Tudo indica que foi um surto, porque ele era um homem bom, sorridente e pai de família”, declarou a estudante. Outra vizinha, uma empregada doméstica de 37 anos, concordou: “Eles sempre foram tranquilos, foi uma coisa que aconteceu de repente”.
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