X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Economia

Gasolina vai mudar e ficar mais cara


Imagem ilustrativa da imagem Gasolina vai mudar e ficar mais cara
Filipe Souza disse que vai ficar mais difícil mudar a composição química da gasolina: “Rendimento será melhor” |  Foto: Beto Morais/AT

A gasolina que chegará aos postos de combustível, inclusive os do Estado, terá uma nova fórmula a partir de agosto. A Petrobras admite que o preço na bomba ficará mais alto, ao mesmo passo em que alega que a nova composição terá um custo-benefício para o motorista.

A mudança acontece para atender uma regulamentação da Agência Nacional do Petróleo e Biocombustível (ANP) que entrará em vigor em agosto.

Questionada por A Tribuna, a Petrobras não cravou uma estimativa de aumento do preço do combustível. Contudo, segundo a revista Veja, a tendência é de um aumento entre 4 e 10 centavos por litro.

Em um vídeo, a diretora de refino e gás natural da Petrobras, Anelise Lara, disse que, “como praticamos o preço de paridade de importação, ela (gasolina nova) será mais cara, se comparada à atual.”

“O preço de paridade vai ser um pouco mais elevado, mas isso vai ser compensado, porque ela será mais eficiente. Em termos finais de custo, acreditamos que será mais positivo (para o consumidor), porque poderá rodar mais com menos”, prometeu, sem especificar exatamente que melhoria seria essa.

Segundo Anelise, as refinarias da Petrobras já estão preparadas para atender a regulamentação.

“A nova especificação é bem-vinda e vai aproximar a qualidade do combustível comercializado no Brasil ao do mercado americano e europeu”, festejou.

Fórmula

A mudança será feita na massa da gasolina, segundo uma especificação proposta pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que passa a exigir uma massa específica mínima de 715 kg/m

Há a garantia de que a quantidade de etanol na composição – 27,5% – ficará a mesma. Ou seja: apesar dessa quantidade igual, o preço ainda assim vai aumentar.

Proprietário de um posto de gasolina em Vitória, Filipe Souza comemora que “a nova gasolina vai ter rendimento melhor nos carros por causa da octanagem, e vai poluir menos. E vai ser mais difícil de adulterar devido à composição química”.

Já o economista Eduardo Araújo diz que a mudança na qualidade permitirá a economia com problemas relacionados a bicos injetores, bombas e filtros.

Mas faz uma ressalva: “É preciso saber qual será o incremento dos custos finais para o consumidor, por cada quilômetro rodado. É natural que os consumidores também não percebam incrementos nos custos, porque vem num momento que o preço vem na cotação baixa, por conta da pandemia”.

Vai dificultar fraudes, dizem postos

O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Espírito Santo (Sindipostos-ES) disse à reportagem que as mudanças que acontecerão com a gasolina produzida no Brasil fazem parte de reivindicações dos próprios postos.

Explica que, do ponto de vista prático, para o setor, o mais importante é a dificuldade para a atuação dos fraudadores. Na avaliação do Sindipostos-ES, essa notícia é muito boa para o setor.

“Os descaminhos precisam ser combatidos sempre porque os oportunistas estão sempre atentos às oportunidades de práticas que lesam o consumidor e ferem as leis de livre concorrência”, comemora o vice-presidente do Sindipostos, Dirceu Oliveira Filho.

Testes

Segundo a organização, com as mudanças, até os testes possíveis de serem feitos pelos postos vão identificar a adição de solventes à gasolina, por exemplo, uma das formas mais comuns de adulteração.

Questionado sobre o impacto do preço na bomba, o sindicato disse que “é preciso aguardar como ele se comportará da refinaria para as distribuidoras e das distribuidoras para os postos.”

O Sindipostos-ES informou ainda que os resultados do Boletim de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis da Agência Nacional do Petróleo apresentam pequenas variações mês a mês, mas em março, por exemplo, não teve nenhuma não conformidade nas análises realizadas.

“Diesel verde” até o fim do ano

O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), José Gutman, disse que espera que “até o final do ano esteja concluído o processo de regulamentação do diesel verde”.

A Petrobras defende, junto à ANP, que a comercialização do diesel verde, que começará a ser testado numa refinaria do Paraná a partir de julho, possa gerar créditos de descarbonização — instrumento do programa federal RenovaBio para a compensação de emissões de gases de efeito estufa.


Saiba mais


Mudanças

  • A Petrobras disse que está preparada para produzir uma nova gasolina em suas refinarias para atender a nova regulamentação da qualidade da gasolina, aprovada em janeiro pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).

  • A diretora de refino e gás natural da Petrobras, Anelise Lara, disse que o litro da gasolina tende a ficar mais caro a partir de agosto, sem especificar quanto.

  • Segundo ela, contudo, o aumento do preço do litro deve ser compensado por uma maior eficiência no consumo dos combustíveis pelos carros.

Composição

  • A ANP passa a exigir uma massa específica mínima de 715 kg/m. Outros elementos mais específicos também vão mudar.

  • A mudança, porém, não deve afetar o rendimento do combustível, já que a quantidade de etanol na composição – 27,5% – ficará a mesma.

  • Em alguns países o nível de etanol presente na gasolina é de 2%.

Fonte: Petrobras, ANP e pesquisa AT.


Análise


Imagem ilustrativa da imagem Gasolina vai mudar e ficar mais cara
Marcelo Loyola disse que o saque só compensa nas situações em que o dinheiro é necessário no curto prazo |  Foto: Beto Moraes

"Não é o momento de se mexer no preço de gasolina, mesmo que haja um desempenho melhor do carro. A perda do emprego e a redução salarial tornam a notícia desnecessária. É o momento de evitar mais uma variável que onera o bolso.

O aumento de preço da gasolina assusta o consumidor, comparando com outros países da América Latina. A redução dos últimos meses, por conta da pandemia e da baixa do preço do petróleo, é um ponto fora da curva: brasileiro não está acostumado com isso. E agora, que estava razoável, inventam moda"

Marcelo Loyola Fraga, economista e coordenador-geral da faculdade Pio XII

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: