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Esportes

Futebol volta no DF em estádio com 147 pacientes internados pelo coronavírus


Sob sol forte e o clima seco da capital federal, a partida entre Capital e Real Brasília às 11h de quarta-feira marcou a retomada do futebol no Distrito Federal. No estádio Mané Garrincha, onde o jogo foi realizado, além dos jogadores e das equipes de apoio, estavam 147 pacientes internados pela covid-19

O estádio reformado para a Copa do Mundo de 2014 abriga o principal hospital de campanha para pacientes da pandemia na região. A instalação ocupa uma área interna de 6 mil metros quadrados e tem 197 leitos. Segundo a Secretaria de Saúde do Distrito Federal, no entanto, a área é distante do gramado, onde a partida de futebol foi realizada.

Campeonato local do Distrito Federal, o "Candangão" está na fase de quartas de final. No momento em que as equipes estavam em campo, a economista Ana Carolina chegava alegre ao Mané Garrincha. Não era pela partida, marcada pelo calor do meio dia e erros de passe, mas porque sairia dali com o pai, Hélio Carlos, de 80 anos, que recebeu alta após 28 dias internado pela covid-19.

Carolina conta que o pai não chegou a ser entubado, mas "ficou mal" na UTI e precisou de oxigênio. Ao saber que a data da alta do pai marcava a volta dos jogos ao Mané Garrincha, Carolina se surpreendeu. "Jogos aqui?! Ou é jogo ou é tratamento da covid-19 Não dá", disse ela. "Acho que não vale a pena." A maioria dos pacientes do Mané Garrincha ocupa leitos de internação. Há também 20 quartos de UTI, sendo que 15 estão ocupados.

Imagem ilustrativa da imagem Futebol volta no DF em estádio com 147 pacientes internados pelo coronavírus
Estádio Mané Garrincha, em Brasília |  Foto: Divulgação / Site Oficial

O Distrito Federal foi uma das primeiras unidades da federação a reagir ao novo coronavírus. Ainda em 19 de março, quando havia 42 casos na capital, o governador Ibaneis Rocha (MDB) adotou medidas de isolamento. Porém, quando a capital marcava os piores dados até então, o emedebista autorizou ampla reabertura das atividades. Em entrevista ao Estadão no fim de junho, o governador minimizou o risco de sobrecarregar hospitais. "Vai lotar nada. Vai ser tratado como uma gripe, como isso deveria ter sido tratado desde o início."

Procurado, o governo do DF alegou que não há torcida nos jogos nem interferência nos trabalhos do hospital de campanha, por causa da distância entre o gramado e os pacientes.

A avaliação do médico Julival Ribeiro, membro da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), também é de que não há riscos. "O jogo ocorre em área aberta. É o recomendável. O vírus se transmite por gotículas, no contato até 2 metros", disse. Ribeiro recomenda que todos os atletas realizem exames do tipo PCR, que detecta a presença do vírus. "Se estiver toda a equipe negativa, não vejo problema em relação ao jogo em si", afirmou.

Como mostrou o Estadão, as Séries A, B e C do Campeonato Brasileiro, iniciadas há cinco dias, já registram 53 casos de covid-19 entre jogadores. Três partidas foram suspensas pela CBF por causa do novo coronavírus.

Nesta quarta-feira, mesmo dia da retomada do futebol, o Distrito Federal confirmou 55 mortos em 24 horas, novo recorde. Há 1.870 mortos e 129.184 casos da doença na região, segundo dados do governo. A partida entre Capital e Real Brasília terminou 1 a 1.
 

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