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Economia

Fim dos carros a gasolina ameaça indústria do petróleo


A indústria do petróleo já está prevendo uma crise nas próximas décadas. A busca por fontes de energia cada vez mais sustentáveis está fazendo com que grandes potências, como Alemanha, EUA e Reino Unido invistam em veículos elétricos, enfraquecendo a venda de veículos que funcionam à base de gasolina.

Imagem ilustrativa da imagem Fim dos carros a gasolina  ameaça indústria do petróleo
Plataforma de petróleo: previsão é que o País volte sua mineração para outros materiais, como o nióbio |  Foto: Divulgação

“Esses países apostam em novas fontes de energia. Isso é necessário porque o combustível à base de petróleo gera emissões de carbono na atmosfera, prejudicando o meio ambiente”, disse o economista Antônio Marcus Machado.

O Brasil é um grande produtor e exportador de petróleo e para não ser prejudicado pelo enfraquecimento da indústria, o especialista afirma que o setor precisa passar por uma reinvenção.

“A expectativa é que, nos próximos 25, 30 anos, o Brasil invista em minerais, como nióbio e curfa, que são excelentes condutores de energia e são o futuro da produção de carros, navios, smartphones e eletrodomésticos. Algumas empresas já estão investindo nesse setor hoje, e acredito que a Petrobras vá seguir essa tendência e, além de prospectar petróleo, vai investir nos minerais”, completou.

O economista disse ainda que, nos próximos anos, pesquisadores podem descobrir novos usos para o petróleo e seus derivados.

“A ciência vai ter que se desenvolver para evitar o desperdício desses recursos, e encontrar alternativas sustentáveis para o petróleo”, reforçou.
Estratégia

Marcus Vinicius Lisboa Motta, doutor em química e professor de Engenharia do Petróleo, concorda que é preciso mudar a estratégia de investimento no combustível fóssil. Entretanto, o professor acredita que o Espírito Santo não será tão afetado com a eliminação gradual dos veículos a gasolina.

“Apesar de o principal uso do petróleo ser a gasolina, vários produtos são à base de petróleo, como tinta e embalagens diversas. É uma grande cadeia e, por mais que o uso do combustível diminua, outras aplicações vão continuar sendo necessárias”, frisou.

Mudanças no mercado de trabalho e menos emprego

A redução dos investimentos na indústria do petróleo vai representar oportunidades perdidas, segundo o advogado Cláudio Colnago, doutor em direitos e garantias fundamentais e ex-presidente da Comissão Especial de Análise do Novo Marco Regulatório do Pré-sal da OAB-ES.

“Vamos ter eliminação de empregos, no Espírito Santo e no Brasil, mas outros vão surgir. A tendência, porém, é que essas novas oportunidades demandem menos força bruta e mais capital intelectual”, estimou Colnago. “Os empregos provavelmente vão migrar para outras indústrias”.

“Engenharias de Minas, de Produção, Química e Ambiental, Ciência da Computação, Gemologia e Logística, por exemplo, são áreas que vão crescer muito com a retração do petróleo”, listou o economista Antônio Marcus Machado.

Em relação ao ganho no País com royalties de petróleo, compensação financeira paga pelas empresas exploradoras do recurso, Machado explica que os estados precisam começar a construir “fundos soberanos”.

“O Espírito Santo é um exemplo de cidade que já criou um fundo soberano, que é uma reserva financeira de emergência, já que um dia esse petróleo vai acabar. Essa receita será investida para gerações futuras”.

Ele acrescenta: “O desenvolvimento econômico não pode vir dos royalties de petróleo, mas da facilidade de negociações com atores privados”.

Apesar da estimativa de perda de empregos e do fim do pagamento dos royalties, o Brasil não deve sofrer com os mesmos problemas da Venezuela, onde há muito petróleo, mas a produção despencou.

“Além da instabilidade política, que inibe investimentos estrangeiros, o país depende somente de petróleo para seu desenvolvimento. Já o Brasil tem uma matriz econômica variada”, disse o químico Marcus Vinicius Lisboa Motta.


SAIBA MAIS


Estímulo aos veículos elétricos

Reino Unido
> O País anunciou que o país vai zerar as emissões de carbono até 2050 e vai proibir, a partir de 2030, a venda de novos carros e vans a gasolina e diesel.
>Em Londres, já são cobradas taxas para a circulação de carros e vans a diesel com mais de 4 anos.

França
>O país proibiu a venda de carros a gasolina ou diesel a partir de 2040. > Empresas são incentivadas a cobrir despesas de empregados com bicicletas ou partilha de carros.

Estados Unidos
> A Califórnia vai proibir a venda de veículos a gasolina a partir de 2035. A medida deve reduzir em 35% a emissão de gases de efeito estufa.

Alemanha
> A indústria automobilística enfrenta uma crise com a pandemia da Covid-19.
> A primeira-ministra Angela Merkel anunciou ajuda de 5 bilhões de euros para recuperação do setor.

Fonte: BBC e Valor Econômico.

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