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Coronavírus

Feiras ficam cheias, mas nem todos cumprem regras


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Cenas de pessoas sem máscaras de proteção facial ou usando o equipamento de forma incorreta foram recorrentes durante as feiras livres, que tiveram grande movimento em Jardim da Penha e Jardim Camburi, Vitória, na manhã de sábado (4).

As feiras de rua estão autorizadas, desde que sejam seguidas orientações de segurança, como o uso de máscaras por clientes e vendedores, durante a pandemia da Covid-19. Porém, muitos não seguiram as regras.

As feiras estavam proibidas em Vitória desde o dia 23 e voltaram a ser permitidas na quinta-feira seguindo normas de segurança impostas por decreto da Prefeitura.

Mas, apesar de a maioria dos vendedores usarem máscara, a reportagem de A Tribuna observou que muitos faziam o uso incorreto, abaixando a proteção facial e mantendo-a no pescoço, por exemplo.

Para tentar evitar situações desse tipo, em Jardim da Penha, havia um fiscal orientando feirantes e a população em geral quanto à importância do uso correto das máscaras. Mas nem todos os que foram abordados seguiram as dicas.

“Os fiscais estão circulando pela capital. O número é reduzido porque muitos pertencem ao grupo de risco da Covid-19, mas temos fiscalização em todas as feiras”, garantiu o secretário municipal de Meio Ambiente, Ademir Barbosa Filho.

Além do uso de máscaras por feirantes e clientes, o decreto impõe o espaçamento de 1,5 metro entre barracas, a retirada de bancos e mesas para evitar a permanência de pessoas e a substituição de feirantes com mais de 60 anos, já que pertencem ao grupo de risco.

Alimentos de consumo imediato, como o tradicional caldo de cana e pastel, só podem ser comercializados para viagem.

No decreto publicado na quinta-feira consta ainda que, “caso as determinações constantes no presente decreto não sejam observadas pelos destinatários da norma, as atividades da feira livre poderão ser suspensas pelo Poder Público”.

Segundo Ademir, a princípio a prefeitura está trabalhando de forma orientativa e avaliando a maneira que as feiras estão acontecendo dia a dia. Caso as normas não sejam seguidas, a liberação de funcionamento das feiras livres pode ser revista a qualquer momento.

“Pedimos que a população tenha consciência e amor ao próximo. Usem máscaras! Idosos, peçam para algum parente fazer as compras. Vá apenas uma pessoa de cada família. A feira é um espaço de encontro de pessoas e isso vai voltar a acontecer, mas esse não é o momento”, orienta o secretário.

Conscientização

Imagem ilustrativa da imagem Feiras ficam cheias, mas nem todos cumprem regras
O empresário Henrique Mantovani, 63 anos, manteve a proteção de forma correta |  Foto: Kadidja Fernandes/AT
“Muitas pessoas estão se descuidando”

Apesar do incômodo com a máscara, o empresário Henrique Mantovani, 63 anos, manteve a proteção de forma correta no rosto enquanto fez compras ontem na feira de Jardim da Penha, em Vitória.

“Vi pessoas sem máscara ou estão deixando-a abaixada porque incomoda, mas tem que usar e acostumar por questão de segurança. Muitas pessoas estão se descuidando”, afirmou o empresário.

Habituado a frequentar feiras livres, Henrique Mantovani notou as mudanças no local, como o espaçamento entre as barracas e o fluxo reduzido de pessoas.

“Quanto a vendedores acima de 60 anos, percebi que muitos que sempre vêm trabalhar estão ausentes”, observou.

CENAS

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A retomada das feiras foi um alívio para a ambulante Leidy Dias, 52 anos |  Foto: Kadidja Fernandes/ AT
Oportunidade
A retomada das feiras foi um alívio para a ambulante Leidy Dias, 52 anos. Ela, que vende toucas para restaurante e trabalhadores que manuseiam alimentos, sentiu a escassez nas vendas causada pela pandemia. A solução foi criar novo produto.

“Como tínhamos tecido, decidimos fazer máscaras para vender e está tendo muita saída. Teve uma pessoa que comprou dez de uma vez”, conta ela, que esteve em Jardim da Penha.

Retorno com cautela
O retorno das vendas na feira de Jardim Camburi foi com cautela para a feirante Adélia Tesch Plaster, 54 anos. Além de usar máscara e luva, ainda tinha álcool em gel para higienizar as mãos. O produto também estava à disposição dos clientes.

“Não retiramos tudo do caminhão para evitar a exposição. Recebemos as orientações antes de como deveríamos trabalhar hoje.”

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A feirante Adélia Tesch Plaster, 54 anos |  Foto: Kadidja Fernandes/ AT

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