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Educação

Estudante capixaba é nota mil na Redação do Enem 2020


Imagem ilustrativa da imagem Estudante capixaba é nota mil na Redação do Enem 2020
A estudante Ludmila Coelho contou que, para se preparar para a prova, fazia uma redação por semana |  Foto: Kadidja Fernandes / AT

“Fiquei em choque quando recebi a notícia. Falei com minha mãe e liguei para a professora de Redação”, contou a estudante capixaba Ludmila Coelho Mendonça, de 18 anos, sobre a reação depois de ter visto que foi uma das 28 pessoas do País que tirou 1.000, nota máxima, na Redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020.

Os temas deste ano foram “O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira”, no Enem impresso (1ª aplicação); “A falta de empatia nas relações sociais no Brasil”, no Enem impresso – reaplicação e PPL (provas para presos) – e “O desafio de reduzir as desigualdades entre as regiões do Brasil”, no Enem digital.

O tema feito por Ludmila foi sobre o estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira.

A capixaba, estudante da Escola São Domingos, pretende ingressar no curso de Medicina da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), por ser um sonho para ela.

Moradora de Jardim Camburi, Ludmila contou que faz o exame desde o primeiro ano do ensino médio, como “treineira”. Logo na primeira vez, conseguiu nota 800 na Redação; em 2019, foi 900, e, neste ano, conseguiu 1.000.

Nos estudos, contou que fazia uma redação por semana, a partir dos temas que a professora de produção textual Waldívia Costa Ceccon passava. “O repertório que usei na minha redação foi de um livro que li no ensino fundamental – O Alienista, de Machado de Assis –, que falava sobre o tema ”, disse.

Para a professora Waldívia, que acompanha Ludmila desde o 7º ano, a sensação foi de muita felicidade e realização profissional ao ver a estudante se destacar no País.

“Ela sempre foi muito estudiosa e dedicada. Criou uma estrutura de um texto e conseguiu aplicá-la em vários temas; não era um molde. Ela entendeu como se estrutura a redação do Enem”, disse.

“O segredo para tirar uma boa nota na Redação é leitura, senso crítico, argumentação consistente e uso do repertório sociocultural para defender o ponto de vista”.

No Enem de 2019, foram 53 notas mil na Redação; no de 2018, 55 notas. Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), a nota média na Redação deste ano foi de 588,74 pontos – o índice vai de 0 a 1.000, e 87.567 pessoas (3,22%) tiraram zero.


Medicina em universidade pública

Para a estudante do Colégio Marista Nossa Senhora da Penha, Ana Clara Bautz Proescholdt, 17 anos, ver que tirou nota 980 na Redação do Enem é recompensador. “Ano passado, foquei muito nisso. Fiz muitas redações. Ver os resultados de volta para a gente é muito gratificante”, relatou Ana Clara.

Ela já cursa Medicina em uma faculdade particular de Vila Velha, mas o plano é ingressar na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) ou em outra faculdade pública federal do País. “Desde que me entendo por gente, quero ser médica. Isso nunca mudou, desde que eu estava no sexto ano da escola”, contou.

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Ana Clara Bautz Proescholdt, 17 anos |  Foto: Kadidja Fernandes / AT

Média cai em Matemática e aumenta em Português

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Aurélia Pedroni: preparação |  Foto: Beto Morais - 07/03/2020

Em Linguagens, Ciências Humanas e Ciências da Natureza, as médias nacionais das notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) aumentaram em 2020. Somente em Matemática houve queda, de 2,37 pontos, totalizando uma média de 520,73.

Em Linguagens, a média foi de 523,98; Ciências Humanas, 511,64, e Ciências da Natureza, 490,39.

Para o professor de Matemática do Darwin, Adriano Pratti, a queda da média na disciplina se deu, principalmente, devido à pandemia de Covid-19. “Matemática, infelizmente, é uma ciência que precisa, desde cedo, de concentração. Hoje, é muito fácil um adolescente ficar disperso”.

No Enem 2020, 55,3% do total de candidatos esperados não compareceram à prova no País. No Estado, o índice foi de 57,7%.

Segundo a professora de Português Aurélia Pedroni, o aumento na área de Linguagens, de 3,08 pontos, foi dentro do esperado. “A ausência acentuada à prova e uma maior preparação dos alunos podem ter sido razões para esse aumento”, disse.


Até 10 horas de estudos por dia

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Gabriel Faria quer ser engenheiro |  Foto: Divulgação

Esforço e dedicação fizeram parte da rotina de muitos estudantes que tiraram notas altas no Enem. Alguns relataram que estudavam até 10 horas por dia, contando o período de aulas (virtuais e/ou presenciais), de cerca de cinco horas, e o tempo de aprendizagem sozinho, que variava entre três, quatro e cinco horas diárias.

O estudante Gabriel Faria Gomes, 17 anos, do Centro Educacional Praia da Costa, em Vila Velha, conseguiu tirar nota 940 em Redação e 930,5 em Matemática no Enem. Foi a terceira vez que ele fez o exame.

“Fora das aulas, o que eu mais fazia era exercício. Me ajudou muito a saber quanto tempo eu podia gastar em uma questão e a descobrir como resolver as questões mais fáceis”, afirmou o aluno.

Com as notas altas, Gabriel tentará o sonho de cursar Engenharia Mecânica na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Quem também se destacou na Redação foi a estudante do Colégio Salesiano Ana Clara Zancanaro, de 18 anos, que tirou 980. Ela relatou que ficou muito feliz e que não esperava essa nota. “Eu fazia duas redações por semana a partir da metade do ano. Antes, fazia uma semanalmente. Acho que o segredo para uma boa nota é a prática.

Nas outras disciplinas, Ana Clara contou que também foi bem. Entre as estratégias que usou para aprendizagem, está encontrar um horário favorável e que rendesse mais. “Eu nunca fui uma pessoa de estudar o dia inteiro. Costumo estudar entre três e quatro horas por dia. Eu rendo mais entre 18h e 21h”.

Para Ana Clara, prestar atenção nas aulas também ajudou na aprendizagem, porque economizava tempo de estudo depois.

Já a estudante do Colégio Salesiano Giovana Santos Fernandes, de 18 anos, utilizou filmes e séries para a Redação. Com uma nota de 960, a aluna contou que se baseou no filme “Por Lugares Incríveis”, dirigido pelo americano Brett Haley, que trata sobre doenças psicológicas, para escrever o texto.

“Eu costumava estudar das 14h às 18h; mas, tinha dia que o rendimento caía e outros em que estudava mais. Dependia do meu estado emocional. Estudava de segunda a sábado. O domingo era um dia de descanso”, contou Giovana. Seu sonho é cursar Direito na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), já que nasceu no Recife.

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