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Esportes

Voos mais altos na ginástica rítmica em 2023

A capixaba está no grupo que fez história no Mundial ao conseguir a melhor colocação da história e já sonha com uma medalha olímpica


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Imagem ilustrativa da imagem Voos mais altos na ginástica rítmica em 2023
Déborah Medrado disputou as Olimpíadas de Tóquio e sonha com a vaga nos Jogos de Paris, em 2024. |  Foto: Ricardo Bufolin/CBG

Um ano para guardar na memória e usar como combustível para voos ainda mais altos em 2023. É assim que a ginasta capixaba Déborah Medrado encara o caminho que percorreu nos últimos 12 meses, quando fez história com a  seleção brasileira de ginástica rítmica. 

“Um super ano! Fizemos história e provamos que somos capazes de ir além. Estamos construindo nosso caminho até Paris 2024. Cada competição foi uma evolução pessoal e como equipe. Vamos assim até o fim do ciclo”, ressaltou.

Um dos resultados mais expressivos foi a quarta posição no Mundial de Ginástica Rítmica, que aconteceu em Sófia, na Bulgária. Antes desse resultado, a melhor posição do Brasil havia sido o sétimo lugar, alcançado tanto em 1975 quanto em 2021.

Além disso, a equipe formada por Déborah Medrado, Bárbara Galvão, Duda Arakaki, Gabrielle Moraes, Giovanna Silva e Nicole Pircio, também conquistou medalhas no Pan-Americano e na Copa do Mundo de Ginástica Rítmica — sendo apenas a segunda medalha da história do país na competição.

Após um “super ano”, a jovem capixaba de 20 anos espera alcançar voos ainda mais altos no próximo ciclo. 

Em entrevista  para o Jornal A Tribuna, Déborah Medrado revelou quais são as suas metas e objetivos para 2023. Entre elas: vaga no Mundial e nas Olimpíadas de 2024.

A Tribuna - Em 2020 você participou dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Acredita que esse ano foi ainda melhor?

Déborah Medrado - Os Jogos Olímpicos são especiais… A maior competição esportiva e o meu maior objetivo como atleta. Nós conseguimos superar posições e países de grande tradição na ginástica rítmica neste ano de 2022. Então, sim, foi melhor do que imaginávamos.

Quais são as suas metas para 2023?

A principal meta para o ano que vem é conquistar a vaga no Campeonato Mundial, na Espanha. Vamos trabalhar de forma estratégica para isso. Logo depois, ocorrerão os Jogos Pan-Americanos (nossa última chance de vaga olímpica). Vamos em busca dos 3 ouros, além de fazer história pelo caminho.

A equipe vai tentar a vaga olímpica no  Pan-Americano e, se tudo der certo, no Mundial. Como você está buscando se preparar?

Isso! Esses são os nossos principais objetivos. Estou me preparando a partir de muito treino e participando de boas competições. Então espero estar bem preparada na parte técnica, física e também psicologicamente.

Você tem 20 anos e toda uma trajetória pela frente. Quais são seus maiores objetivos?

Continuar levando o Brasil para o topo do mundo. Conseguimos 4º e 5º lugar no Mundial, quero top-3! Final olímpica e quem sabe a medalha olímpica!

Quero também que o Brasil seja visto como potência na ginástica rítmica e estamos trabalhando muito para isso.

Qual a importância do investimento para que você alcance esses objetivos?

O investimento no esporte tem grande importância. Hoje tenho o apoio do Bolsa Atleta capixaba e ajuda muito na minha carreira. 

Com esse apoio, o atleta consegue se preocupar só com estudos e treinamento. 

Para finalizar: Se você pudesse escolher três palavras para descrever o seu 2023. Quais seriam elas?

Histórico, realizador e feliz.


QUEM É ELA?


Déborah Medrado

Modalidade:  Ginástica Rítmica

Idade:  20 anos

Nascimento:  Serra/ES

Em 2022, conquistou a medalha de bronze na prova de duas bolas e três fitas na Copa do Mundo de Ginástica Rítmica; Ouro no Pan-Americano na série de cinco arcos e prata na série mista três fitas e duas bolas. No  Mundial, conquistou o quinto lugar geral da competição e o quarto lugar na prova dos cinco arcos.

Jogos Olímpicos de Tóquio: A seleção terminou na 12ª posição e não conseguiu vaga na final.

Vaga direta para os Jogos de Paris

Imagem ilustrativa da imagem Voos mais altos na ginástica rítmica em 2023
Déborah, Bárbara, Duda, Gabrielle, Giovanna e Nicole ao lado das técnicas. |  Foto: Ricardo Bufolin/CBG

As disputas da ginástica nos Jogos Pan-americanos de Santiago em 2023 vão valer vagas diretas para as Olimpíadas de Paris, em 2024. A decisão foi feita em atendimento à orientação da Federação Internacional de Ginástica e isso inclui os três ramos: Rítmico, artístico e trampolim.

A cerimônia de abertura da competição, que será realizada no Chile, está marcada para 20 de outubro, no Estádio Nacional do Chile. Já o encerramento acontece no dia 5 de novembro.

Lá, a equipe brasileira terá a última chance do ano de tentar a vaga olímpica. Após uma temporada mágica, será a oportunidade de colocar de vez a modalidade entre as potências mundiais. O início das provas da ginástica rítmica acontece em 1º  de novembro.

Mundial de Ginástica

O Conselho da Federação Internacional de Ginástica (FIG) definiu as sedes dos três mundiais de 2023: da Ginástica Artística, Ginástica Rítmica e Ginástica de Trampolim.

A 52ª edição do Mundial de Ginástica Artística acontecerá em Antuérpia, na Bélgica, entre o final de setembro e o início de outubro.

A 40ª edição do Mundial de Ginástica Rítmica será realizada em Valencia, na Espanha, entre 4 e 10 de setembro. Em 2022, a equipe brasileira chegou ao quarto lugar histórico na competição.

Já o 37º Mundial de Ginástica de Trampolim acontecerá em Birmingham, na Inglaterra, entre os dias 9 e 12 de novembro.

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