X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Esportes

Santos perde para o Fortaleza e é rebaixado à Série B pela primeira vez na história

Rebaixamento revoltou a torcida santista


Ouvir

Escute essa reportagem

Imagem ilustrativa da imagem Santos perde para o Fortaleza e é rebaixado à Série B pela primeira vez na história
Santos caiu pela primeira vez no Brasileirão |  Foto: Raul Baretta/ Santos FC

Os santistas que foram à Vila Belmiro e os milhares que não puderam ir viveram um pesadelo na noite desta quarta-feira. Depois de flertar com o rebaixamento em dois anos seguidos, o Santos não encontrou forças para escapar da queda e vai disputar a segunda divisão nacional pela primeira vez em sua história.

A queda à Série B foi consumada com a derrota por 2 a 1 para o Fortaleza na Vila Belmiro e as vitórias de Vasco e Bahia, que estavam atrás do Santos na tabela, mas ultrapassaram a equipe paulista com seus triunfos em casa.

Em 2022 o Santos perdeu o seu ídolo máximo, Pelé, o maior jogador de todos os tempos. Em 2023, viveu seu mais profundo calvário. Como resultado, em 2024, não vai disputar a Série A nem a Copa do Brasil.

Depois de uma pequena demonstração de fôlego na reta final do Brasileirão, o Santos entrou em espiral de queda ao amargar cinco partidas sem ganhar. Na Vila Belmiro, fez mais um jogo ruim. Lutou muito, é verdade, mas não há como mostrar futebol quem não tem. Talvez nem Pelé seria capaz de consertar esse inábil Santos.

Pelo terceiro ano seguido, a luta do Santos foi para não ser rebaixado no Brasileirão. Nos dois anos anteriores, flertou com a queda em boa parte da competição, ainda que não tenha chegado à última rodada com risco de cair. Terminou em décimo e 12º, respectivamente. Neste ano, o calvário se aprofundou. Foram rodadas dentro da zona da degola e outras muito próximo dela até que o pior aconteceu.

A queda é resultado, sobretudo, de sucessivos erros da gestão de Andrés Rueda, que deixará a presidência em breve - a eleição para escolher um novo presidente será no próximo sábado. Rueda sairá do cargo e vai entregar o clube na segunda divisão e com as finanças ainda prejudicada e odiado pelo torcedor, que xingou o presidente antes mesmo de Vuaden apitar o fim do jogo.

"O Santos fica na Série A. Não penso o contrário. Eu não considero risco de rebaixamento. O Santos é 'incaível'", dissera ao Estadão Rueda neste ano. Desde o início da temporada, o clube se colocou em uma posição de lutar contra a queda. Tanto que chegou à última rodada com chance de disputar a Série B em 11,1% dos cenários e as combinações catastróficas para os santistas aconteceram.

O JOGO DA QUEDA

Incapaz de ser um conjunto competitivo, o Santos, dá pra dizer, se esforçou para ser rebaixado. Na partida derradeira, foram muitos os lances que irritaram os santistas nas arquibancadas. Nem mesmo o baleião, mascote que tentava animar a torcida, escapou da ira dos sofridos santistas. "Some daí, não serve pra nada", gritou um zangado torcedor.

A revolta dos santistas aumentava a cada lance de ataque mal-acabado. Soteldo e Marcos Leonardo eram um oásis em meio a atletas esforçados, mas com poucos recursos - ou nenhum, em alguns casos. Jean Lucas talvez tenha sido protagonista do lance que resume o calvário do Santos. De volta da Europa neste ano, o meio-campista perdeu de forma burlesca um gol na pequena área. Livre, quando foi chutar, não acertou a bola, e sim o chão.

Um ex-jogador do Santos fez a raiva dos santista subir de nível. Marinho, vaiado e xingado desde que pisou no gramado, deu o troco. A zaga esqueceu que o atacante estava no sozinho no ataque e em posição legal e deixou o atleta avançar em direção a João Paulo e balançar as redes.

Não bastasse a provocação dos rivais e todo o sofrimento causado pelo Santos, os torcedores tiveram de engolir uma provocação do ex-santista. Marinho ordenou que a torcida se calasse e pôs os dedos indicadores nas têmporas. Talvez atônitos, sem força para reagir, cansados de tamanho calvário, eles aquiesceram.

O Santos foi tão incompetente que a única alegria ao santista quem deu no primeiro tempo foi o Atlético-MG, quando empatou o seu jogo com o Bahia. "Nós temos que torcer para o Atlético, não tem jeito", lamentou-se um torcedor sem camisa, descalço e zangado sentado em uma das cadeiras centrais. Ele puxava o cabelo e rezava, com seus dois terços - um no pescoço, outro no punho - ao passo que os minutos transcorriam e a tensão aumentava.

Se era ruim o cenário, tornou-se um pesadelo quando, com o primeiro tempo encerrado na Vila Belmiro, chegou a notícia de que o Bahia havia marcado o segundo gol em Salvador.

Foram melhores as notícias no segundo tempo. O torcedor pôde sorrir quando Messias fez, de cabeça, o gol de empate aos 12 minutos. E, pouco depois, quando soube que o Bragantino foi às redes e empatou com o Vasco, resultado que rebaixava o time carioca e mantinha na Série A o Santos.

As informações foram positivas só no início da etapa final. Nenhum gol saiu mais na Vila Belmiro. Improdutivo, o ataque mal incomodou a zaga do Fortaleza. Para piorar, o Bahia fez o terceiro e o quarto e o Vasco, o segundo. Ambos ganharam e se livraram do rebaixamento. Quem vai disputar a segunda em 2024 é o Santos.

FICHA TÉCNICA

SANTOS 1 X 2 FORTALEZA

SANTOS - João Paulo; Messias, João Basso (Jair Paula) e Dodô (Lucas Lima); Lucas Braga, Tomás Rincón (Nonato), Jean Lucas (Maxi Silveira) e Gabriel Inocêncio; Soteldo, Marcos Leonardo e Julio Furch (Wesley Patati). Técnico: Marcelo Fernandes.

FORTALEZA - João Ricardo; Tinga, Marcelo Benevenuto, Titi e Bruno Pacheco; Zé Welison (Lucas Crispim), Pochetino e Calebe (Yago Pikachu); Marinho, Guilherme (Machuca) e Lucero. Técnico: Juan Pablo Vojvoda.

GOLS - Marinho, aos 38 minutos do primeiro tempo; Messias, aos 12, e Lucero aos 49 do segundo tempo.

ÁRBITRO - Leandro Pedro Vuaden (RS).

CARTÕES AMARELOS - Dodô e Gabriel Inocêncio (Santos), Pochettino e Yago Pikachu (Fortaleza).

PÚBLICO - 14.130 torcedores.

RENDA - R$ 708.607,50.

LOCAL - Vila Belmiro, em Santos (SP).

MATÉRIAS RELACIONADAS:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: