Santos dá adeus à Sul-Americana com empate e pênalti perdido nos acréscimos
Clube paulista atingiu a marca de 11 partidas sem celebrar três pontos
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O Santos se despediu da Copa Sul-Americana com mais um resultado decepcionante. Mesmo utilizando reservas em grande parte dos 90 minutos, teve oportunidade da vitória com pênalti aos 55 minutos do segundo tempo, mas viu Lucas Lima parar na trave.
Sem conseguir fazer nenhum gol contra o frágil Blooming, até então só com derrotas na competição, Paulo Turra estreou com empate melancólico por 0 a 0 na Vila Belmiro. O novo treinador, substituto do demitido Odair Hellmann, apelou para quatro titulares na reta final do jogo e mesmo assim não conseguiu findar com o jejum de vitórias. Agora são 11 partidas sem celebrar três pontos.
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Os bolivianos ainda atuaram com um jogador a menos por 17 minutos, após expulsão de Latorre por acúmulo de amarelos. Mesmo em vantagem numérica no campo, o Santos só ameaçou o gol de Uraezaña no pênalti que Lucas Lima bateu com displicência.
Querendo espaço entre os titulares, o jovem Deivid Washington, de 18 anos, acabou deixando o campo como um dos responsáveis pelo tropeço, pois desperdiçou diversas boas oportunidades. Lucas Lima acabou como o maior vilão. Por outro lado, o goleiro Vladimir saiu como herói com três grandes defesas. O goleiro ainda deu sorte em bomba de falta de Siles na trave.
Com suas principais peças, Paulo Turra tentará findar com a série negativa no domingo, em visita ao Cuiabá, pelo Brasileirão O rival também faz campanha ruim na Série A e terá desfalques importantes de Alan Empereur e Fernando Sobral, que dão mais esperança aos santistas.
Assim como o rival Corinthians na Libertadores, o Santos foi o único time brasileiro a entrar em campo na Copa Sul-Americana já eliminado na última rodada. Para cumprir tabela na despedida do Grupo E, o estreante Paulo Turra optou por escalação reserva. Ângelo, que treinou com a equipe na véspera, mas em negociação avançada com o Chelsea, acabou preservado e não deve mais vestir a camisa do clube.
Em rota de colisão com o time e seus dirigentes, as torcidas organizadas optaram por protestar. Desta vez sem atirar objetos no gramado. Os poucos presentes - as arquibancadas da Vila Belmiro estavam bastante vazias - ficaram em silêncio em grande parte da partida. A punição de 30 dias com portões fechados vale somente em jogos da CBF, mesmo assim quase ninguém se empolgou em acompanhar o jogo que não valia nada diante do Blooming.
Para Turra, valia observar as opções ofensivas. Deivid Washington ganhou a companhia de Lucas Barbosa e Daniel Ruiz na frente. O jovem centroavante de 18 anos que herdou a vaga de Marcos Leonardo na passagem do camisa 9 pelo Mundial sub-20 e quer novamente ser titular, desperdiçou a primeira grande oportunidade. Sozinho dentro da pequena área, escorregou e não conseguiu mandar a bola às redes.
Mais do que quebrar o jejum de 10 jogos sem vitórias, os escalados tinham a missão de causar uma boa impressão em Paulo Turra para deixar o técnico com opções em caso de necessidade de modificação na escalação titular. A ordem à molecada era de sufocar.
E assim o Santos iniciou a partida, com muita gente no campo ofensivo. Sobrava vontade, mas o nervosismo atrapalhava e o time carecia de eficácia. Responsável pelos lances de perigo, Deivid Washington desperdiçou outra duas chances, em uma delas com o rebote na pequena área e o gol todo aberto. Conseguiu parar em Uraezaña que já havia feito milagre em cabeçada no começo do lance. Na outra oportunidade, também na área, o centroavante bateu para o alto e fez gestos de "sai, Zica."
Bastante retrancado, o Blooming quase não passou do meio-campo nos 45 minutos iniciais. Depois de assustar com Siles, em bomba raspando o travessão, e se retrair, teve duas oportunidades nos minutos finais graças a falha dos brasileiros. O Santos errou o passe dentro da área de ataque e permitiu o contragolpe veloz. Cuéllar deixou Rodríguez na cara do gol e o artilheiro boliviano bateu no peito de Vladimir. Após o escanteio, Latorre cabeceou livre e o goleiro voltou a salvar.
Assim como vem ocorrendo com o time principal, o Santos desceu para o vestiário salvo por seu goleiro. E com a molecada não sendo poupada, ouvindo poucas e boas dos torcedores. Também teve vaia no intervalo e muitos xingamentos à diretoria.
A segunda etapa começou sob intensa chuva. E com a mesma tônica do primeiro tempo: gol desperdiçado por Deivid Washington. Uraezaña realizou mais uma grande intervenção na partida no chute colocado da entrada da área. Vladimir respondeu do outro lado, com nova defesa gigante com Cuéllar na sua frente. Desta vez o santista usou os pés para salvar.
Sem gostar do que via, Paulo Turra cobrava calma do time e orientava bastante. Mas as palavras não surtiam efeito em campo. O Santos caiu bastante de rendimento na etapa final, a pressão já não existia mais, e os bolivianos arriscavam chegadas ao ataque.
O treinador precisou apelar para a entrada dos titulares Rodrigo Fernández, Lucas Lima e Mendoza. Camacho não viu que seria um dos substituídos e o Santos jogou alguns segundos com 12 em campo para revolta dos bolivianos. O árbitro se desculpou pelo erro.
As trocas demoraram a surtir efeito e foi o Blooming quem assustou mais uma vez. Rodríguez cobrou falta na trave. Turra apelou, então, para Soteldo após ver Deivid Washington perder gol feito em cabeçada para o alto. O menino descontou a raiva por novo erro em tapas na trave.
O torcedor do Santos já lamentava um novo tropeço quando, após consulta do VAR, o árbitro marcou um pênalti com os acréscimos já esgotados. A esperança de vitória surgiu. E durou pouco. Lucas Lima assumiu a cobrança e acabou chutando forte, na trave, para mais uma decepção na temporada.
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