PSG castiga Flamengo nos pênaltis e vira primeiro time francês campeão mundial
A equipe dirigida por Luis Enrique superou a comandada por Filipe Luís apenas nos pênaltis, por 2 a 1, após empate por 1 a 1
O Paris Saint-Germain levou a melhor sobre o Flamengo na decisão da Copa Intercontinental, disputada na noite de quarta-feira (17) do Qatar.
No estádio Ahmad bin Ali, em Al Rayyan, nos arredores de Doha, a equipe dirigida por Luis Enrique superou a comandada por Filipe Luís apenas nos pênaltis, por 2 a 1, após empate por 1 a 1.
O campeão sul-americano teve sucesso na tentativa de equilibrar o duelo com o campeão europeu. O PSG saiu na frente no primeiro tempo, com Kvaratskhelia, e o empate veio na etapa final, em pênalti cobrado por Jorginho. A igualdade no marcador persistiu até o término do tempo extra, e a definição foi nos tiros da marca penal.
O clube de Paris foi mais feliz e se tornou o primeiro francês campeão mundial de futebol. A equipe havia ficado com o vice-campeonato na Copa do Mundo de Clubes, torneio quadrienal inaugurado neste ano, com triunfo do Chelsea.
Na Copa Intercontinental -o velho e anual Mundial de Clubes, cujo nome foi alterado para evitar confusão entre as competições-, alcançou o objetivo.
O time de Paris é o único da França que já disputou qualquer campeonato do tipo.
O Olympique de Marselha foi o campeão da Liga dos Campeões em 1993, porém, punido por escândalo de corrupção e manipulação de resultados no Campeonato Francês, nem foi ao velho Torneio Incontinental, à época disputado em jogo único entre um sul-americano e um europeu. Vice-campeão da Europa, o Milan perdeu para o São Paulo.
Na atual Copa Intercontinental, ainda que o campeão europeu já inicie a disputa na final, há representantes de todos os continentes. Para chegar à decisão, o Flamengo fez 2 a 1 no Cruz Azul, do México, e derrotou o Pyramids, do Egito, por 2 a 0. Então, encarou uma potência, que, de certa maneira, jogava em casa.
O PSG é desde 2011 propriedade da QSI (Qatar Sports Investments). Na prática, é controlado pela família real do Qatar, que vê nos grandes eventos esportivos uma ferramenta de afirmação política.
O país construiu uma relação próxima com a Fifa (Federação Internacional de Futebol) e recebeu a última edição da Copa do Mundo, vencida pela Argentina.
O dinheiro praticamente ilimitado fez o clube dirigido pelo controverso Nasser al-Khelaifi contratar nomes como Lionel Messi, Kylian Mbappé e Neymar.
Mas foi sem essas estrelas que finalmente alcançou neste ano o objetivo de conquistar a Liga dos Campeões -e, agora, festeja seu primeiro título mundial.
Não foi uma decisão fácil contra o Flamengo. O time brasileiro começou a partida demonstrando nervosismo e quase teve o placar logo aos nove minutos, em gritante falha de Rossi.
Ele tentou evitar um escanteio e deixou o gol vazio. A rede foi balançada por Fabián Ruiz, mas a revisão em vídeo acusou que a bola havia saído.
Passados os instantes inciais, os comandados de Filipe Luís conseguiram estabelecer um jogo mais truncado. Marcando no campo de ataque, criavam dificuldade para o jogo de passes do adversário.
Aos 38, no entanto, Mayulu teve espaço para acionar Doué, que fez cruzamento rasteiro da direita. Rossi tentou cortar e acabou ajeitando a bola para Kvaratskhelia empurrá-la para a rede.
Em desvantagem, o técnico do Flamengo procurou fazer alterações, a primeira delas a entrada de Pedro. Mas foi em um lance fortuito, um lateral do PSG em que a bola sobrou na área, que o time brasileiro buscou o empate.
Marquinhos fez um pênalti tolo em Arrascaeta, acusado pelo árbitro de vídeo e convertido por Jorginho, aos 17 da etapa final.
Na sequência, foi a vez de Luis Enrique acionar alguma de suas potentes peças de banco, como Barcola e Dembélé, eleito o melhor do mundo, que começou fora por causa de uma gripe. A equipe francesa começou a pressionar e rondar a área, criando chances -do outro lado, teve susto em finalização de Plata.
A grande chance para que o jogo se resolvesse sem prorrogação surgiu no último lance do segundo tempo, aos 51 minutos. Após uma batida de falta de Vitinha e um corte parcial de Rossi, Dembélé ficou com a bola, fez finta e bateu cruzado, com força. Marquinhos, sem goleiro, não conseguiu fazer o desvio na direção correta.
Vieram, então, os dois tempos extras de 15 minutos. As duas equipes já estavam bastante modificadas em relação ao apito inicial, e foi o PSG quem esteve mais no campo de ataque, com duas grandes chances. As bolas de Dembélé e Barcola não entraram, e a definição ficou para os pênaltis. Aí, a formação francesa levou a melhor.
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