Pontapé inicial para o Mundial de bodyboarding em Jacaraípe
O ArcelorMittal Wahine Bodyboarding Pro começa hoje, em Jacaraípe, na Serra, e contará com mais de 80 atletas do mundo todo
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As ondas da Praia do Solemar, em Jacaraípe, na Serra, vão ficar mais agitadas a partir de hoje até o dia 29 de abril. Pela segunda vez consecutiva, o Espírito Santo recebe o ArcelorMittal Wahine Bodyboarding Pro, com 84 atletas de várias nacionalidades, competindo em busca do sonho de serem campeãs mundiais da modalidade, além de ganhar os 35 mil dólares (cerca de R$ 176 mil) de premiação.
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A competição marca a primeira etapa do Circuito Mundial e entre as feras que irão se apresentar nas águas de Jacaraípe, estão a japonesa Sari Ohhara, a portuguesa Joana Schenker, a espanhola Alexandra Rinder, além da capixaba atual campeã da etapa na categoria Pro e pentacampeã mundial Neymara Carvalho.
Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta quinta-feira (20), no Centro de Educação Ambiental (CEA) da ArcelorMittal, na Serra, foram apresentadas a programação do Circuito e algumas das atletas que irão desfilar sobre pranchas nas águas de Jacaraípe.
“Precisamos ter esse senso de pertencimento com a região em que a gente está e com o esporte que acreditamos e vivemos. Vejo o Wahine e o Mundial sob esse olhar. Espero que todos aproveitem e guardem em seus corações”, afirmou o gerente-geral de sustentabilidade e relações institucionais da ArcelorMittal, João Bosco Reis da Silva.
A programação terá início hoje, às 7h30, com o credenciamento das atletas inscritas. Com a chegada da frente fria no Estado, haverá uma avaliação das condições para a prática das atividades competitivas e, se for positiva, as provas de 17 baterias serão disputadas até as 16 horas.
Ondas altas
A campeã da categoria Pro no ArcelorMittal Wahine Bodyboarding Pro de 2022, Neymara Carvalho, vê com bons olhos a chegada da frente fria para o ritmo da competição em Jacaraípe.
“Ela vai trazer as ondas mais altas, que é aquilo que mais esperamos para a etapa. Além disso, toda a nossa estrutura e organização está preparada para esse momento”, completa Neymara.
FALA BODYBOARDER
"É uma satisfação muito grande de competir em casa. Vai ser uma prévia do que vai acontecer durante todo o Circuito neste ano”. Neymara Carvalho, pentacampeã mundial.
"Estou na expectativa de conquistar o título desta etapa, da qual fui vice-campeã em 2022. Ficou aquele gostinho de quero mais”. Luna Hardman, campeã mundial Pro Junior.
"Tivemos boas ondas ano passado e se ficarem maiores, será muito bom para a prova. Estou animada para surfar até o final”. Sari Ohhara, japonesa e campeã mundial.
"É a minha primeira vez no Estado, que é muito bonito para começar o ano. É a primeira etapa e todas querem vencer”. Joana Schenker, portuguesa e campeã mundial.
"Será um campeonato muito difícil com muitas competidoras. A expectativa é alta e espero as ondas maiores do que já estão”. Alexandra Rinder, espanhola e campeã mundial.
Inclusão no mar e na arbitragem
O ArcelorMittal Wahine Bodyboarding Pro também vai trazer dois momentos históricos para a modalidade. As melhores atletas da categoria Pessoas Com Deficiência (PCD) vão receber premiações para este ano e pela primeira vez uma mulher vai atuar como juíza em um Circuito Mundial.
Na categoria PCD, entram como destaques a pernambucana Carla Cunha, de 41 anos, que tem uma das pernas amputadas, e a jovem capixaba Letícia de Oliveira Alves, de apenas 14 anos e que tem as suas duas pernas amputadas.
Além disso, a competição terá uma bateria voltada para mulheres que tiveram as suas mamas retiradas devido ao câncer. Carla Cunha destacou a importância da inclusão em competições de nível mundial e como a modalidade mudou a sua trajetória.
“O mundo PCD precisa de oportunidades como essa, de ter alguém que olhe para a gente e nos inclua. O bodyboarding quando entrou na minha vida veio para que eu superasse os meus limites, me deu mais coragem de enfrentar o mundo lá fora”.
Iniciando no bodyboarding, Letícia demonstra felicidade de poder competir na etapa do Mundial. “Tem pouco tempo que comecei a praticar e estou feliz por chegar aqui, mesmo com todas as dificuldades. Espero superar os meus limites e ter mais força”.
Na arbitragem, a chilena Ana Belén, de 33 anos, terá a oportunidade de julgar as categorias Profissional, Pro Junior e Master. “Este ano, tenho a oportunidade de trabalhar aqui no Estado e para mim é uma responsabilidade e um orgulho muito grande de representar as mulheres para poder avaliar essas incríveis esportistas que estão representadas no Mundial”.
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