Paulinho, do Palmeiras, rejeita convite da Mangueira para desfilar e denuncia intolerância religiosa
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Paulinho, atacante do Palmeiras, foi convidado pela Estação Primeira de Mangueira para desfilar no carnaval do Rio. Em recuperação de lesão desde dezembro do ano passado, quando passou por cirurgia, o jogador alegou “questões profissionais” para recusar o convite da escola de samba, que desfila na Sapucaí neste domingo, 2.
No entanto, de folga, ele assistirá ao desfile na Sapucaí e disse que torcerá pela Mangueira, que exaltará a cultura preta e afro-brasileira neste ano, com o enredo “À Flor da Terra, no Rio da Negritude entre Dores e Paixões”. Paulinho foi convidado para desfilar no carro alegórico “negros que venceram na vida”.
Paulinho e sua família têm forte ligação com o candomblé e a umbanda, tanto que ele geralmente comemora seus gols “atirando” uma flecha em homenagem a Oxóssi, orixá caçador do candomblé.
Pela identificação com a religião de matriz africana, Paulinho já tinha sido convidado em 2022 a desfilar pela escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel, que, na época, apresentou o enredo “Batuque ao Caçador”, sobre Oxóssi.
O atacante um desabafo e relatou ter sido alvo de ataques e de intolerância religiosa por ser praticante de uma religião de matriz africana.
Sem Paulinho, que levará mais uns dias para voltar a jogar, o Palmeiras tem compromisso neste sábado. Encara fora de casa o São Bernardo em duelo que definirá o primeiro semifinalista do Paulistão. A bola rola às 20h30 no Estádio 1º de Maio.
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