Palmeiras derrota o Corinthians em clássico com confusão e amplia crise do rival
Raphael Veiga foi o personagem do dérbi, para o bem e para o mal
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Em clássico com briga, discussões, expulsão e bom futebol, o Palmeiras foi superior e mais eficiente que o Corinthians, ganhou de seu maior rival por 2 a 0 nesta segunda-feira à noite e aprofundou a crise da equipe alvinegra, que deve demitir o técnico António Oliveira e passou de dois meses sem vitória no Brasileirão. Disputado no Allianz Parque, o clássico fechou a 13ª rodada.
Raphael Veiga foi o personagem do dérbi, para o bem e para o mal. Foi dele o gol que abriu o caminho para a vitória do Palmeiras, que segurou o resultado sem o meio-campista desde o começo do segundo tempo. Numa atitude impulsiva, ele derrubou Garro quando uma confusão já havia se iniciado e levou o vermelho. O jovem zagueiro Vitor Reis, titular pela primeira vez, fechou o placar.
A vitória leva o Palmeiras de volta à vice-liderança do Brasileirão. São 26 pontos, um a menos que o Flamengo, o atual líder da competição. O Corinthians não sabe o que é vencer no torneio há mais de dois meses. A série de nove partidas sem triunfar afundou a equipe na zona de rebaixamento, incapaz de se reerguer no momento. A campanha, com nove pontos em 13 partidas, é a segunda pior da competição. Apenas o lanterna Fluminense pontuou menos (seis) até o momento.
O Palmeiras atingiu sua maior série invicta no dérbi neste século. Com a vitória, passou a estar há oito partidas sem perder de seu arquirrival. Passaram-se quase três anos da última vez em que o Corinthians ganhou o clássico. Foi em setembro de 2021, quando, treinado por Sylvinho, venceu por 2 a 1 na Neo Química Arena. Desde as finais do Paulistão de 2020, o Palmeiras encarou o Corinthians 16 vezes e só perdeu uma.
Como se habitou a fazer em sua casa, o Palmeiras ensaiou uma pressão inicial e indicou que não levaria muito tempo para abrir o placar. Foram 15 minutos de bom futebol, com a marcação adiantada, o que dificultava a saída de bola do Corinthians. O time de Abel Ferreira teve grande volume de jogo, contudo, não foi tão criativo como pareceu que seria e a pressão foi esfriando à medida que os visitantes conseguiam escapar nos contragolpes, sempre com Wesley, pela esquerda.
Foi Wesley o dono da finalização mais perigosa da equipe de António Oliveira, defendida por Weverton, atento. O lance de maior perigo do Palmeiras saiu dos pés de Flaco López, que arrematou com o pé direito, que não é o seu melhor, e parou no jovem goleiro Matheus Donelli. No fim da etapa inicial, Zé Rafael, aparentemente com um problema no músculo da coxa, foi substituído por Jhon Jhon.
O Palmeiras voltou atento do intervalo e definiu o clássico no início do segundo tempo, em quatro minutos. Raphael Veiga marcou de falta que ele mesmo havia sofrido. O meio-campista se valeu da sorte ao ver seu chute desviar na cabeça de Fabinho e entrar. O gol que abriu o placar saiu aos sete. Aos 11, Vitor Reis, jovem zagueiro de 18 anos, considerado uma das principais promessas de sua posição no futebol brasileiro, cutucou para as redes de cabeça depois de escanteio cobrado por Veiga e fez o segundo.
A noite só não foi perfeita para o time de Abel Ferreira porque Raphael Veiga, num ato impensado, derrubou Garro quando havia se iniciado uma briga na lateral do campo. O meia levou o vermelho e deixou o Palmeiras com um a menos desde os 17 minutos.
Ocorre que a superioridade numérica não bastou para o Corinthians reagir. Os visitantes sequer diminuíram o placar. Sem muita capacidade de criar diante da boa marcação dos donos da casa, que recuaram suas linhas, pouco produziram.
António Oliveira tentou de tudo, lançando mão de Coronado, Pedro Raul e Pedro Henrique, e Abel, seu compatriota, sem muitas opções no banco, respondeu com a entrada de três laterais: Mayke, Garcia e Vanderlan. Melhor para o Palmeiras, que se fechou e sustentou o resultado, muito comemorado porque lhe põe de novo no segundo lugar e aprofunda o calvário corintiano.
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