Marta se emociona e chora com classificação heroica do Brasil sobre França
camisa 10 da seleção brasileira estava suspensa porque foi expulsa no último jogo da seleção na fase de grupos
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A classificação do Brasil contra a França no futebol feminino, pelas Olimpíadas de Paris-2024, neste sábado (3), levou Marta às lágrimas no estádio em Nantes.
Marta assistiu ao jogo em uma das tribunas. A camisa 10 da seleção brasileira estava suspensa porque foi expulsa no último jogo da seleção na fase de grupos, contra a Espanha.
A jogadora estava acompanhada de Ednaldo Rodrigues. O presidente da CBF foi mais um membro da organização que assistiu ao confronto in loco.
Marta se mostrou apreensiva durante o jogo. As câmeras focaram na atleta seis vezes melhor do mundo ao longo da partida e mostraram um rosto de tensão, principalmente nos minutos finais, quando o Brasil já vencia por 1 a 0 e era pressionado pela França.
A camisa 10 foi às lágrimas após o apito final. Ela não segurou o choro enquanto acenava para as demais atletas dentro do gramado.
O Brasil venceu a França por 1 a 0 e garantiu vaga na semifinal olímpica. O gol brasileiro foi da atacante Gabi Portilho, já na etapa final. A seleção vai encarar a Espanha na luta por um lugar na decisão.
Como foi a vitória do Brasil sobre a França
Sob olhares muito atentos e esperançosos de Marta, o Brasil entrou em campo com uma escalada alternativa por não contar com a própria camisa 10, suspensa, e com a lateral Antônia, lesionada com fratura.
Arthur Elias optou por um ataque com Jheniffer, Gabi Nunes e Gabi Portilho. Nenhuma mudança, porém, foi maior do que a de postura: a Seleção se mostrou mais confiante e focada do que no jogo anterior, contra a Espanha .
A França, por sua vez, contou com a perigosidade Marie-Antoinette Katoto – uma das atletas com mais gols em Paris 2024 – e com o forte apoio popular em Nantes. Ataques agudos e barulhentos pressionaram as brasileiras, assim como já havia ocorrido no confronto direto de oitavas de final da Copa do Mundo Feminina da FIFA 2019™ entre as duas equipes .
Essa intensidade da França poderia ter sido recompensada logo cedo, já que Delphine Cascarino desviou da marcação de Rafaelle e sofreu pênalti de Tarciane; entretanto, aos 15 minutos, a cobrança rasteira de Karchaoui parou nas luvas de Lorena, a goleira brasileira que, agora, já tem dois pênaltis defendidos no torneio.
O Brasil também desceu algumas vezes ao ataque no primeiro tempo, sobretudo com os avanços de Gabi Portilho pela direita, mas, novamente, quem chegou mais perto do gol foi a França. Porém, as europeias mais uma vez ficaram no "quase" com uma bola no travessão após o cabeceio de Mbock.
A entrada de Tamires no segundo tempo (no lugar de Rafaelle, com dores) deslocou a lateral Yasmim para a zaga; um ato ousado de Arthur Elias, dando fôlego novo ao setor esquerdo da defesa do Brasil e liberando ainda mais a direita do ataque – uma "gangorra" tática que quase resultou em gol de Gabi Portilho aos 17, com chute para fora.
Enquanto isso, Lorena salvava no outro extremo do campo, espalmando uma finalização cruzada e perigosa de Cascarino. A goleira brasileira fazia mais uma ótima atuação no torneio, embora tenha gerado preocupação novamente ao se queixar de dores algumas vezes; felizmente para a Seleção, ela não precisou deixar a partida.
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