'O Santos é o time a ser batido', diz Carille após dificuldades para vencer o Paysandu
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O técnico Fabio Carille não ficou satisfeito com o desempenho do Santos na estreia na Série B. Mesmo com a vitória por 2 a 0 contra o Paysandu, o treinador sentenciou que o time ficou aquém do esperado na partida. "Essa foi a cobrança do intervalo, um pouco que a gente melhorou no segundo tempo, a gente agrediu mais, chegou mais na área do adversário, mas sabemos que a gente ficou muito abaixo do que pode jogar, pelo Paulista que fez. Essa foi a cobrança."
O treinador aumentou a cobrança. "O Santos é o time a ser batido. Temos que estar muito preparados para esta temporada, estamos atentos e entendemos que o campeonato será importante." O Santos apresentou dificuldade nas trocas de passes e na criação no campo de ataque no primeiro tempo. Os gols do jogo só saíram no segundo tempo, sendo que o primeiro foi uma jogada individual de Pedrinho, no primeiro lance mais agudo do Santos.
Ainda sobre a postura, Carille avaliou que o time pecou na parte técnica. "A gente errou muito tecnicamente, muitos passes que a gente não pode aceitar e com isso o adversário ficou no nosso campo. Amanhã e segunda-feira eu analiso com mais calma, mas pensando rápido, a gente poderia ter sido melhor tecnicamente", frisou. "Bom que acontece logo no primeiro jogo e bom que ganha."
Para o decorrer do campeonato, Carille mostra entusiasmo, mas prega cautela: "O que me conforta é que esse time enfrentou cinco ou seis equipes que vão jogar a Série B no Campeonato Paulista, isso já deu pra entender como vai ser. O torcedor tem que ter essa confiança daquilo que a gente fez até agora, por tudo que a gente fez, mas nós aqui dentro não podemos pensar assim. A gente sabe que tem que trabalhar muito, respeitar todos e nos impor a cada jogo."
Sobre as mudanças no time, quando trocou vários jogadores de uma vez, o treinador santista foi enfático: "Eu tinha todos os argumentos para tirar cinco atletas. O Marcelo começou a ir para o banco domingo, junto com o Leandro. No final do primeiro tempo, a gente já começou a conversar no banco o que a gente poderia fazer para potencializar. Os três entenderam que isso era o melhor caminho. Mas foi para isso, para que melhorasse tecnicamente, para que tivesse uma presença melhor no campo ofensivo, com mais qualidade."
O Santos estreou sem a torcida devido às confusões que marcaram o descenso do clube santista na última rodada da Série A de 2023, mas contou com um recurso inusitado: o clube colocou o som dos cantos nas caixas de som para simular um estádio cheio. Porém, o artifício só durou até o intervalo, com o segundo tempo sendo disputado com o silêncio das arquibancadas. Mas Carille enfatizou que não participou da decisão. "Para ser sincero, eu nem sei se pode. Mas pode ter certeza que isso não foi falado, não foi pedido meu."
O Santos ainda irá jogar duas partidas sem torcida e três com torcida parcial na Vila Belmiro. O próximo compromisso da equipe pela Série B é contra o Avaí, na Ressacada, em Florianópolis, na sexta-feira.
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