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Esportes

O que Federer, Nadal e Djokovic haviam feito no tênis na idade de João Fonseca?


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Considerado uma das maiores promessas do tênis mundial atual, João Fonseca vem registrando feitos nos últimos meses, principalmente no quesito precocidade. Com algumas marcas, ele pode ser comparado até mesmo com o suíço Roger Federer, o sérvio Novak Djokovic e o espanhol Rafael Nadal, que formaram o chamado Big 3 no circuito profissional. Fonseca, de apenas 18 anos, levantou seu primeiro título antes de Federer e Djokovic, por exemplo. Mas fica aquém do trio em relação à posição no ranking.

Desde dezembro, o tenista carioca vem confirmando seu status de grande promessa semana após semana. Até agora, seu maior feito foi se sagrar campeão do ATP 250 de Buenos Aires, no mês passado. Ele tinha 18 anos e cinco meses quando levantou o troféu na Argentina, gerando aplausos e expectativas na torcida brasileira.

Imagem ilustrativa da imagem O que Federer, Nadal e Djokovic haviam feito no tênis na idade de João Fonseca?
João Fonseca em ação no Rio Open de 2025 Foto: Pedro Kirilos/Estadão

Federer, considerado por muitos como o dono da melhor técnica já vista no circuito, foi campeão pela primeira vez quase um ano depois de Fonseca. O suíço faturou seu primeiro título em Milão, em janeiro de 2001, aos 19 anos e cinco meses. Djokovic tinha idade semelhante ao se sagrar campeão em Amersfoort, na Holanda, em julho de 2006: 19 anos e dois meses.

Nesta comparação, o mais precoce de todos é Nadal, vencedor em Sopot, na Polônia, em agosto de 2004, com apenas 18 anos e dois meses.

Em Buenos Aires, Fonseca fez história para o Brasil ao se tornar o mais jovem campeão nacional em um torneio da ATP e também por feitos de precocidade. Ele desbancou justamente Federer. Ao chegar à final, o carioca se tornou o 10º mais jovem finalista da história da ATP neste século, com exatamente 18 anos, cinco meses e 26 dias.

O suíço tinha 18 anos e seis meses ao ser finalista em Marselha, em 2000 - acabou vice-campeão. Esta lista dos 10 mais jovens finalistas é encabeçada por Nadal, vice em Auckland em 2004 com 17 anos e sete meses.

Ao confirmar o título em Buenos Aires, Fonseca derrubou outra lenda do tênis. Pete Sampras ocupava o 10º posto na lista dos mais jovens campeões na “Era ATP” do circuito, iniciada em 1990: tinha 18 anos, seis meses e 13 dias ao levantar o troféu na Filadélfia ,em 1990. O australiano Lleyton Hewitt lidera esse Top 10. Foi campeão em Adelaide, em 1998, com apenas 16 anos, 10 meses e 18 dias.

RANKING

Quando o assunto é a lista dos melhores do mundo da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP), Fonseca fica atrás do Big 3. Mas a diferença é muito pequena. O brasileiro entrou no Top 100 no dia 27 de janeiro deste ano, no 99º posto, com 18 anos e cinco meses.

Federer e Djokovic entraram na lista dos 100 melhores do mundo um pouco antes, em suas épocas. O suíço tinha 18 anos e um mês ao aparecer no 95º lugar, em 20/09/1999. O sérvio, por sua vez, tinha 18 anos e dois meses ao despontar na 94ª posição do ranking, em 04/07/2005. Nadal, mais uma vez, destoa do grupo. Aos 16 anos e 10 meses, ele já aparecia na 96ª colocação no ranking atualizado em 21/04/2003.

Apesar de emparelhar com o Big 3 na entrada no Top 100, Fonseca não tinha, até o fim da temporada passada, a meta de subir rapidamente no ranking. Em entrevista ao Estadão em dezembro, o jovem contou que o objetivo de sua equipe era crescer aos poucos, sem acelerar o processo. Isso explica porque ele dispensou convites de torneios grandes em 2024, que poderiam render muitos pontos no ranking, e optou por eventos menores, onde Fonseca pôde aprimorar a técnica em diferentes superfícies.

VITÓRIAS SOBRE TOP 10

Fonseca também é comparável ao Big 3 num outro quesito importante nas estatísticas do tênis: vitórias sobre atletas que estão no Top 10 do ranking. O tenista carioca entrou definitivamente no noticiário do esporte em nível mundial em janeiro ao eliminar o russo Andrey Rublev, então número nove do mundo, logo em sua estreia no Aberto da Austrália, o primeiro Grand Slam que disputava na chave principal.

Com o resultado, ele virou o mais jovem a derrotar um Top 10 no torneio australiano desde o lançamento do ranking oficial do circuito, em 1973. Fonseca tinha exatamente 18 anos e quatro meses ao atingir tal feito. Supera, assim, ninguém menos que Djokovic, o recordista de títulos de Grand Slam no masculino, com 24 troféus.

O sérvio derrubou um Top 10 pela primeira vez em sua carreira aos 18 anos e cinco meses, no fim de outubro de 2005. Na ocasião, venceu o argentino Mariano Puerta, então 9º do mundo, no Masters de Paris

Neste mesmo quesito, Federer e Nadal alcançaram sua primeira vitória um pouco antes, em suas épocas. O suíço tinha 17 anos ao superar o espanhol Carlos Moya (5º do mundo), em Marselha, em fevereiro de 1999. O espanhol era ainda mais jovem. Nadal somava 16 anos ao vencer o compatriota Albert Costa, 7º do mundo, em Roland Garros, em abril de 2003.

JUVENIL

A trajetória de Fonseca no juvenil, circuito que os jovens tenistas disputam até alcançarem os 18 anos, só é comparável a Federer. Isso porque o brasileiro foi campeão de Grand Slam (o US Open de 2023) e número 1 do mundo nesta categoria. E somente o suíço, dentre o Big 3, já havia feito o mesmo, sendo campeão de Wimbledon no juvenil. Federer foi ainda considerado o campeão mundial juvenil de 1998, assim como aconteceu com Fonseca há dois anos.

Djokovic e Nadal nunca passaram das semifinais em Grand Slams, na categoria dos mais jovens. O sérvio alcançou tal fase do Aberto da Austrália em 2004. E obteve o modesto 24º lugar do ranking da ITF (Federação Internacional de Tênis), como sua melhor posição no juvenil. Nadal foi semifinalista em Wimbledon e sequer entrou no Top 100 do ranking da categoria.

O espanhol e o sérvio, contudo, tiveram trajetórias reduzidas entre os juvenis porque começaram a brilhar cedo demais e logo já estavam disputando os torneios profissionais. Nadal, por exemplo, já alternava competições juvenis e de adultos a partir dos 14 anos de idade.

No caso de Fonseca, a estratégia de sua equipe sempre foi a de dosar as grandes competições para que o jovem tenista pudesse evoluir de forma sólida em todos os fundamentos. “Acho que como tudo na minha carreira, as coisas acontecem muito rápido. Depois do Rio Open (de 2024), tudo mudou e eu fui aproveitando as oportunidades, mas sem pensar em um objetivo de ranking, mas em evoluir e aprender neste ano. A cada torneio a gente ia revendo os objetivos”, explicou Fonseca ao Estadão em dezembro do ano passado.

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