MotoGP voltará o Brasil e espera autódromo com mais de 100 mil fãs
A corrida acontecerá no dia 29 de março, no Autódromo Internacional Ayrton Senna, em Goiânia
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Daqui pouco mais de um ano, o Brasil irá voltar a ser sede de uma corrida da MotoGP, a principal categoria de motovelocidade do mundo. A corrida acontecerá no dia 29 de março, no Autódromo Internacional Ayrton Senna, em Goiânia.
Até lá, uma longa lista de compromissos da organização e do governo de Goiás, liderado por Ronaldo Caiado (União Brasil), que é responsável pela administração do autódromo, deverá ser cumprida. A maioria delas já começou e está em andamento, como a reforma da área dos boxes. Estima-se que o tempo total de obras é de cinco a seis meses.
A organização do GP do Brasil de MotoGP está nas mãos da Brasil Motorsport, a mesma empresa que promove também o GP de São Paulo de Fórmula 1.
“O mais importante é a gente tentar entender o perfil do público, pra fazer uma boa promoção porque a gente quer a casa cheia. O Governo e a cidade esperam que a gente coloque 150 mil pessoas aqui no fim de semana, a gente é mais conservador. Se vier mais gente, vamos estar muito felizes, mas se vierem 40, 50 mil pessoas seria lindo, maravilhoso”, disse ao Estadão, Alan Adler, CEO da Brasil Motorsport e promotor do evento.
“O público da MotoGP é mais democrático, apaixonado, é mais democrático que o automobilismo, que é nichado porque é mais caro você ter um carro do que uma moto. O amante da motovelocidade pode pegar uma 125cc e se divertir, então eu acho bem interessante”, completou.
Apesar de não ter nenhum piloto 100% brasileiro na elite, a MotoGP, nas palavras de Carmelo Ezpeleta, CEO da Dorna, empresa que promove a categoria máxima do motociclismo, o mercado do País era crucial para a entidade.
“Foi fantástico, não podemos pedir nada mais. Me parece o tipo de evento que queremos ter. Eu creio que no domingo podemos ter em torno de 100 mil pessoas. Tivemos no domingo na Argentina cerca de 78 mil e este circuito aqui tem uma cidade de quase 2,5 milhões de habitantes a 10km daqui”, disse Ezpeleta.
“É muito importante termos voltado. Brasil é um país muito importante em todos os termos, não só de fanatismo por corridas, mas também do ponto de vista econômico é muito importante. Não é o mesmo ser popular no Brasil e em outros países que não tenham a importância do Brasil. Esperamos que tenha um brasileiro no grid, é importante. Teve Alex Barros e agora Diogo Moreira (Moto2), esperamos ter um pouco de sorte”, completou.
Atualmente, não há um brasileiro no grid da MotoGP. Franco Morbidelli é filho de pernambucana, mas corre pela Itália, apesar da forte ligação com o País e falar português fluente. O último do Brasil na elite da motovelocidade foi Alex Barros, em 2007.
Diogo Moreira, de 20 anos, é um dos destaques da Moto2, a principal fornecedora de talentos para a MotoGP.
Entre 1987 e 1989, a categoria correu em Goiânia. Em 1992, foi para a Interlagos. E de 1995 a 2004 correu no Rio de Janeiro, no extinto autódromo de Jacarepaguá.
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