Maylla Venturi na briga pelo título brasileiro de bodyboarding
Capixaba venceu a 2ª etapa do Circuito, em Niterói, e se prepara para repetir o feito na 3ª etapa na próxima semana, no Paraná
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Uma das pioneiras do bodyboarding no Espírito Santo, a capixaba Maylla Venturin, de 47 anos, está se preparando para a 3ª etapa do Circuito Brasileiro da modalidade, que será realizado entre os dias 13 e 16, no Balneário de Ipanema, no Paraná. Ela segue para o campeonato após subir no lugar mais alto do pódio na etapa de Itacoatiara, em Niterói.
De acordo com a atleta, o título é resultado de muito esforço e, por isso, ela já vem se preparando para a 3ª Etapa do Circuito Brasileiro. “Já estou me preparando para a próxima etapa. Vou para o Paraná no dia 12 e as expectativas são as melhores possíveis. Já vi que as ondas são boas. Vai ser mais uma etapa incrível”, afirmou Maylla.
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Será a primeira vez que o Estado do Paraná receberá uma etapa do Circuito Brasileiro de Bodyboarding. Serão aproximadamente 150 atletas na disputa. Além dos profissionais que buscam ranquear e brigar pelo premiação que totaliza R$ 35 mil, homens e mulheres, amadores, master e PcDs terão a oportunidade de competir em suas respectivas categorias.
Maylla foi campeã brasileira da modalidade em 2017, após ter dado um tempo nas competições. Segundo ela, a prática do esporte falou mais alto para que ela voltasse de vez ao mar.
“Eu fui diminuindo o ritmo das competições aos poucos por falta de patrocínio e, em 2016, abri mão dos campeonatos e fui para a área política, quando me candidatei a vereadora. Mas em 2017 não resisti e voltei às competições. Acabei sendo campeã brasileira”, contou ela, que acrescentou:
“O esporte está no sangue, então ele fala mais alto. Sou apaixonada pelo que faço. Amo representar o Brasil, meu Estado e todas as pessoas que curtem o esporte nas competições que participo. Levo cada um comigo dentro d'água”.
Ainda segundo a capixaba, o título é sempre bem-vindo e ela vai seguir em busca do lugar mais alto do pódio no torneio. “O título é resultado do esforço realizado durante todo o processo das competições e, ser campeã da primeira etapa é muito importante, porque aumenta a confiança no meu surfe competitivo e é, naturalmente, um incentivo para chegar forte na etapa seguinte, sempre de olho no título, que é sempre bem-vindo”.
“Ser campeã aumenta a confiança no meu surfe”
Além do título brasileiro em 2017, a capixaba Maylla Venturin também leva na bagagem sete títulos estaduais, de campeã Latino Americana e três vice-campeonatos mundiais. Em uma entrevista ao Jornal A Tribuna, a bodyboarder contou um pouco sobre a etapa do Circuito Brasileiro conquistada em Niterói e sobre seus projetos.
A Tribuna - Qual foi o melhor momento da última etapa?
Maylla Venturin - O momento que mais vai ficar marcado na minha memória será a bateria das quartas de final. Minha adversária Kirtys Montenegro estava com sua torcida de Pernambuco na areia e, como era a última bateria do dia, já não tinha quase ninguém na praia.
Então, naquele momento, me vi sozinha, precisando de uma nota acima de 6,00 e achei que já tinha perdido. Foi quando olhei para a areia e vi minha amiga e competidora Maíra Viana correndo para a beira d'água. Faltavam 9 minutos para o término da bateria e ela me incentivou muito. Me encorajou e, naquele momento, senti que ainda poderia ganhar.
Foi então que, nos 40 segundos finais, veio a onda salvadora. Uma esquerda linda. Ela disse: vai nessa! É essa aí! E eu remei forte e fiz a onda da vitória, tirando uma nota 7,00 rumo a semifinal. Ela me fez acreditar que era possível avançar. Esse gesto é o verdadeiro sentido do esporte. Foi lindo vivenciar.
“O Espírito Santo é o Estado que mais promove eventos da modalidade, tendo uma importância imensa para quem está iniciando Maylla Venturin, bodyboarder capixaba
E como foi até chegar a grande final?
Na semifinal também virei na última onda, contra a Nicole Calheiros, do Rio. E na final, contra a minha amiga Maíra - que foi campeã brasileira de 2022, foi um show de bodyboarding na água. Virei com uma nota 8,00. Foi incrível! Teve comemoração no jet ski e, quando saí da água, fui carregada pelos feras do esporte capixaba: Lucas Nogueira e Helliton Loureiro. Foi demais! Me senti realizada!
Como está a expectativa pelo título?
O título sempre é bem-vindo! Ele é resultado do esforço realizado durante todo o processo das competições e, ser a campeã desta etapa foi importante porque aumenta a confiança no meu surfe competitivo e é, naturalmente, um incentivo para chegar forte na etapa seguinte, sempre de olho no título.
O Espírito Santo sediou a abertura do Brasileiro e, em agosto e setembro, volta a realizar duas etapas. Qual a importância e trazer eventos desse porte para o Estado?
O Espírito Santo é o Estado que mais promove eventos da modalidade, tendo uma importância imensa para aqueles que estão iniciando no esporte e para os atletas profissionais, onde as competições se tornam treinamentos para os atletas que competem no mundial, além de servirem também como um grande incentivo aos que estão iniciando no esporte.
O que te fez voltar a competir profissionalmente?
Eu vinha diminuindo o ritmo das competições aos poucos por falta de patrocínio e, em 2016, abri mão das competições e fui para a área política, quando me candidatei a vereadora. Mas em 2017 não resisti e voltei a competir. Fui campeã brasileira. O esporte está no sangue, fala mais alto. Sou apaixonada pelo que faço. Amo representar o Brasil, meu Estado.
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