Leila Pereira diz que tendência é clubes virarem SAF, mas nega mudança no Palmeiras em sua gestão
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A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, afirmou nesta segunda-feira que vê a transformação de clubes em Sociedade Anônima do Futebol (SAF) como uma tendência e uma solução para o futebol brasileiro, mas garantiu que não fará esse movimento durante sua gestão no clube alviverde. “Eu acho que o futuro do futebol brasileiro são os clubes virarem SAF”, disse.
Apesar de considerar o formato positivo, Leila reforçou que não pretende propor alterações no estatuto do Palmeiras no período em que estiver à frente da presidência.
“Não na minha gestão, eu jamais proporia esse tipo de modificação no estatuto. São dois anos e meio que tenho pela frente ainda. Não gostaria de fazer nenhuma alteração. O próximo presidente, se achar que deve, que faça essa alteração.”
A dirigente argumentou que o modelo de clube-empresa facilitaria a responsabilização de gestores e aumentaria o rigor no controle financeiro, algo que, segundo ela, nem sempre ocorre no modelo associativo. Leila destacou que, quando há um dono, a responsabilidade por eventuais dívidas ou atrasos é direta.
“Acredito que, para os clubes brasileiros terem futuro, o modelo associativo está ultrapassado. Porque não gera responsabilidade nenhuma para o seu gestor. Nunca vi presidentes de clubes associativos serem penalizados ou condenados. E vocês olham cada aberração por aí, e não acontece nada. Pelo menos, quando é dono, responde pelo seu patrimônio. A responsabilidade é sua.”
Apesar da defesa do modelo, a presidente voltou a dizer que não acredita que o Palmeiras adote a SAF, apontando resistências internas.
“Se o Palmeiras algum dia, o que eu não acredito... Eu considero isso um sonho, mas não acredito que o Palmeiras vire uma SAF. Porque muitas pessoas que estão no Palmeiras se acham donas do clube. Aí perderiam essa posição. Enquanto eu for presidente, sempre vou lutar pelo melhor para o clube, sempre pagando tudo em dia.”
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