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Esportes

Ídolo capixaba será chefe da delegação do sub-20 no Torneio Internacional

Geovani Silva foi campeão mundial com a seleção brasileira sub-20 em 1983


Uma das principais revelações do futebol capixaba, o meia Geovani Silva fez história na Desportiva,  no Vasco e também na Seleção Brasileira. No entanto, o que poucos sabem é que a história dele com a amarelinha começou com apenas 16 anos, quando ainda morava no Espírito Santo.  

Em 1980, o craque ganhou o prêmio de revelação do Campeonato Capixaba pela equipe grená em seu primeiro ano como profissional. Sua habilidade e classe dentro de campo chamaram a atenção dos coordenadores da seleção brasileira de base e, em 1981, ele foi convocado para disputar o Mundial sub-20.

O jovem capixaba que nunca tinha ido muito além da Grande Vitória, viajou até a Austrália com a seleção. Ele não entrou em campo e a equipe brasileira não chegou ao título. No entanto, o momento do pequeno príncipe iria chegar dois anos depois, no México.

Convocado para o seu segundo Mundial sub-20 em 1983, Geovani foi artilheiro e Bola de Ouro da competição. Como se não bastasse, o craque capixaba fez o gol do título para o Brasil, que conquistou com ele o primeiro Mundial da categoria.

Não à toa, o capixaba foi escolhido para ser o chefe da delegação da seleção brasileira no Torneio Internacional do Espírito Santo, que acontece entre os dias 8 e 12 de junho, no estádio Kleber Andrade, em Cariacica.

Imagem ilustrativa da imagem Ídolo capixaba será chefe da delegação do sub-20 no Torneio Internacional
- |  Foto: Kadidja Fernandes/AT

Chefe da delegação

“O presidente da CBF (Ednaldo Rodrigues) me encabeçou para ser o chefe da delegação. Então vou acompanhar o time aqui, ir em hotel e tudo mais. Alguns amigos meus estão lá, como o Branco, que é um dos coordenadores da CBF, além do Ramon Menezes, que é o treinador da equipe. 

A notícia me deixou muito feliz. Vou ser chefe de uma delegação onde tenho uma participação especial. Eu estive no primeiro título Mundial do sub-20. E sem querer ser arrogante, mas fui artilheiro e melhor jogador daquele Mundial. Além de ter feito o gol do título”.

Mundial em 1983

“Em 1983 eu já jogava no Vasco. A final do Mundial sub-20 foi contra a Argentina no estádio Azteca, na cidade do México. Lembro que estava lotado e até os mexicanos estavam gritando 'Brasil'. Porque é aquilo né? Se o mexicano não está na final, eles torcem para gente.  A emoção foi muito grande. Quando eu voltei para o Espírito Santo, voltei como campeão do mundo. Foi muito legal e emocionante”.

Torneio Internacional

“O campeonato aqui no Estado vai servir como preparação para o Sul-Americano que acontece ano que vem e que é um torneio muito importante. Se a seleção não for bem, pode acabar ficando fora da próxima Copa do Mundo da categoria. O Brasil tem tudo para formar grandes jogadores e os jogos preparatórios têm uma parte muito importante nisso. Lembro que começamos a formar a seleção de 1983 em 1981. Esse quadrangular é importante para conhecer os jogadores, saber se estão prontos para a seleção ou não”. 

Além disso, acredito que o trabalho do Ramon  vai ser muito bom. Ele se preparou para isso. A maior dificuldade que ele pode ter, na minha visão, é os clubes não liberarem os garotos. Se os times liberarem quem ele pretende convocar, então ele vai fazer um grande trabalho”.

Visibilidade para o Estado

“Ter um torneio desse tamanho aqui é importante para valorizar o futebol capixaba. Ajuda a desenvolver a modalidade porque você vê os garotos se interessando mais pelo futebol profissional. Neste torneio os capixabas vão ver de perto atletas que, daqui uns anos, podem estar no topo do mundo. Isso incentiva os jovens daqui a trabalharem duro para se tornarem jogadores de futebol”.

Conselho para os  jovens

“Eu gosto de falar que sempre tem alguém te olhando. Se os atletas colocarem isso na cabeça quando estiverem desanimados em um treino, por exemplo, vai fazer toda a diferença. Além disso, acredito que a pessoa precisa saber o que quer. 

Porque hoje, antes de jogar na Desportiva, no Rio Branco, no Vitória ou no Nova Venécia, os garotos querem jogar no Real Madrid. Mas é preciso ter em mente que você precisa começar em algum lugar”.

“Nosso futebol tem potencial”

Com apenas 16 anos, Geovani Silva já estava levantando troféus com a Desportiva Ferroviária, onde foi revelado. O início da carreira no time capixaba deu tão certo, que o jogador foi transferido para o Vasco  em 1983, com 18 anos.

Levando seu histórico em consideração, o ex-craque não tem receio nenhum em dizer que o futebol capixaba não está onde poderia.

“Eu posso falar porque joguei a primeira divisão do Brasileiro com a Desportiva em 1981. O futebol capixaba era de alto nível, mas a gente caiu bastante. Agora estamos começando a nos levantar de novo, com equipes na Série D e duas vagas na Copa do Brasil”.

Ele ressalta, no entanto, que os clubes não podem esperar alguém fazer algo para que o futebol capixaba mude. “Os times precisam se programar, se preparar e se profissionalizar. Aquele que se profissionalizar e fizer um bom trabalho, vai colher bons frutos. Os clubes possuem dívidas altas, mas o retorno é grande se fizer um bom trabalho. O futebol capixaba tem potencial para crescer”.

Base

Geovani também não deixou de fora a preocupação com a base. “O Brasil foi campeão mundial sub-20 pela primeira vez apenas em 83. Na minha opinião demorou muito tempo pelo tanto de bons jogadores que já tinham passado pela base e nunca ganharam”, disse.

“A safra do Brasil sempre foi  boa. Depois que começaram a investir, começamos a ganhar”, completou Geovani, que também conquistou a medalha de prata nas Olimpíadas de Seul, em 1988.

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