Hugo brilha nos pênaltis, Corinthians bate Cruzeiro e vai à final da Copa do Brasil
Time de Dorival Júnior decidirá uma edição do torneio depois de três anos
O Corinthians até viu o Cruzeiro fazer 2 a 1 e devolver a vantagem do jogo de ida, mas mostrou eficiência nos pênaltis diante de uma Neo Química Arena lotada, venceu os mineiros de maneira dramática e garantiu vaga na final da Copa do Brasil.
Cássio tentou, mas foi Hugo Souza quem acabou como herói da noite ao defender duas cobranças da série, que terminou em 5 a 4 para os paulistas. Gabigol, por outro lado, frustrou os cruzeirenses ao desperdiçar a penalidade da vitória e gerou as batidas alternadas. Walace
Com bola rolando, Arroyo marcou duas vezes para os mineiros, e Bidu levou a decisão às penalidades. Nos pênaltis, melhor para o alvinegro, que só perdeu um pênalti — com Yuri Alberto.
O time de Dorival Júnior decidirá uma edição do torneio depois de três anos. Em 2022, os paulistas foram superados, nos pênaltis, para o Flamengo.
A final da Copa do Brasil terá seu pontapé inicial dado na noite de quarta-feira. O campeão será conhecido no próximo domingo, em horário ainda a ser definido pela CBF.
TIMES GRANDES, JOGO GRANDE (E HUGO GIGANTE)
Corinthians e Cruzeiro não decepcionaram os seus torcedores no quesito emoção. O gramado da Neo Química Arena foi, desde o minuto inicial, palco de um jogo com grandes lances, clima quente entre os jogadores e alternância de poder.
O 1º tempo foi quase todo dos mineiros, pressionados diante da desvantagem no duelo de ida. Os comandados de Leonardo Jardim acuaram o adversário e acabaram premiados com Arroyo, que entrou de surpresa ao substituir o lesionado Sinisterra.
A etapa final começou com novo gol de Arroyo esfriando as mudanças paulistas, mas o panorama mudou quando Bidu marcou. O gol do lateral-esquerdo incendiou os torcedores na Neo Química Arena, que passaram a empurrar um time que acertou a trave duas vezes e viu Cássio protagonizar boas defesas antes dos pênaltis. Nas cobranças, Hugo Souza cresceu em momento crucial e carregou o Corinthians à final.
COMO FORAM OS PÊNALTIS?
Pelo Cruzeiro, Matheus Pereira abriu a série marcando. Depois, Wanderson, William e Lucas Silva fizeram. Na cobrança final mineira, Gabigol tinha a chance de virar herói, mas virou vilão e parou em Hugo Souza. Walace voltou a parar no goleiro corintiano na alternada.
Pelo Corinthians, Yuri Alberto viu Cássio se agigantar na cobrança inicial. Depois, Memphis, Garro e Vitinho converteram. Na cobrança final, Gustavo Henrique mostrou frieza e deslocou Cássio. Bidon, responsável pela última batida, cravou a vitória e fez a Neo Química Arena explodir em êxtase.
GOLS E DESTAQUES
As primeiras grandes chances em Itaquera foram do Cruzeiro. Aos nove minutos, o atacante Sinisterra recebeu lindo passe em profundidade do meio-campista Matheus Henrique e, mesmo em posição de impedimento, gerou perigo em chute cruzado. Logo depois, o autor do passe para o colombiano arriscou de longe e errou o alvo.
O Corinthians até ensaiou uma melhora, mas quase foi vazado após um gesto acrobático de Matheus Pereira. O meia recebeu lançamento da esquerda, emendou um lindo voleio e viu Hugo Souza se esticar no contrapé para evitar o pior para os donos da casa — Gustavo Henrique ainda apareceu de maneira providencial no rebote. O goleiro voltou a aparecer aos 24 minutos, quando Kaio Jorge bateu da entrada da área.
Bloqueando as investidas paulistas, o Cruzeiro passou a acuar o alvinegro e abriu o placar antes do intervalo. Arroyo, que substituiu o lesionado Sinisterra, entregou para Matheus Henrique e disparou da ponta esquerda para o meio. A bola foi invertida e alcançou William antes de chegar aos pés de Christian, que cruzou na medida para o próprio equatoriano se antecipar a Matheuzinho e cravar o 1 a 0.
Dorival voltou para o 2º tempo com duas substituições, acionando Raniele e Garro no time mandante. O volante e o meia entraram, respectivamente, nos lugares de Martínez e Carrillo. As trocas mudaram a estrutura do meio campo corintiano.
O Cruzeiro não deu tempo para o Corinthians reagir com as alterações e chegou ao 2º gol aos quatro minutos. Em jogada que começou com tiro de meta cobrado por Cássio, William lançou Kaio Jorge, que conseguiu ajeitar para Matheus Pereira e arrancou do campo de defesa. O camisa 10 tocou para Lucas Silva, que lançou para o artilheiro. Em condição legal por questão de centímetros, Kaio Jorge ficou cara a cara com Hugo Souza e optou por deixar de lado para Arroyo marcar o 2 a 0.
Os donos da casa responderam rápido e balançaram as redes aos nove minutos, recolocando o placar agregado em igualdade. Em cobrança de falta de Garro, André Ramalho apareceu nas costas da defesa e escorou para o meio. Cássio desviou, e Bidu, como um centroavante, fez a Neo Química Arena explodir com o 2 a 1.
O gol esquentou o Corinthians, que engatou uma blitz em cima de um adversário salvo por Cássio e pela trave. O goleiro trabalhou duas vezes — em chutes de Memphis e Garro — antes de errar uma saída de bola e gerar o lance que acabou com Bidu, de bicicleta, acertando o travessão cruzeirense. Bidon, praticamente no lance seguinte, voltou a acertar o poste.
CORINTHIANS
Hugo Souza; Matheuzinho, André Ramalho, Gustavo Henrique e Bidu; Martínez (Raniele),
Maycon (Vitinho), Bidon e Carrillo (Garro); Memphis e Yuri Alberto. T.: Dorival Júnior
CRUZEIRO
Cássio; William, Fabrício Bruno, Jonathan Jesus e Kaiki; Lucas Silva, Matheus Henrique (Walace) e Matheus Pereira; Christian (Eduardo), Sinisterra (Arroyo) (Wanderson) e Kaio Jorge (Gabigol). T.: Leonardo Jardim
Local: Neo Química Arena, em São Paulo (SP)
Árbitro: Rodrigo José Pereira de Lima
Assistentes: Nailton Junior de Sousa Oliveira e Victor Hugo Imazu dos Santos
VAR: Rafael TraciPúblico: 47.520 pessoas
Cartões amarelos: Bidon, Angileri, André Ramalho (COR); Lucas Silva, Matheus Henrique (CRU)
Cartões vermelhos: não houve
Gols: Arroyo (CRU), aos 39 min do 1º tempo e aos 4 min do 2º tempo; Bidu (COR), aos 9 min do 2º tempo
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