Herói mais uma vez, Edinho afirma: “Estou na ponta do casco!”
Um filme com final feliz passou pela cabeça de Edinho, mas mesmo assim as lágrimas inevitavelmente caíram em seu rosto após o apito que decretou a classificação história do Vitória para a segunda fase da Copa do Brasil, depois de um triunfo, de virada, em cima do favorito CSA/AL por 2 a 1.
Na inesquecível noite de quinta-feira (06) para a torcida alvianil, o clube de Bento Ferreira conseguiu avançar de fase na competição nacional pela primeira vez em sua história de 107 anos, em sua quarta participação.
Constantemente colocado à prova por causa de sua idade avançada, Edinho, aos 37 anos, mostrou mais uma vez que continua em grande forma e foi o herói da noite, marcando o gol da classificação depois de ter dado a assistência para o primeiro gol, marcado por Cassio.
No fim do jogo, o craque não teve papas na língua e mandou uma mensagem direta para os críticos.
“Vamos para a gíria do futebol. Eu estou na ponta do casco! Voando!”, afirmou o meia-atacante, que também vem sendo o grande nome da equipe na temporada, depois de marcar dois gols e dar duas assistências no Capixabão, onde o Vitória lidera após dois triunfos.
A emoção de Edinho não foi apenas por mais uma afirmação da sua capacidade. Ele lembrou da final do Capixabão de 2006, quando também teve papel de protagonista na vitória por 3 a 1 na decisão contra o Estrela, em um Salvador Costa também cheio, marcando um gol na mesma baliza onde balançou as redes contra o CSA.
Na comemoração do gol da classificação na Copa do Brasil, em chute de fora da área, ele também subiu no alambrado para celebrar com a torcida, com as mãos nos dois ouvidos para ouvir o grito da galera, assim como fez na comemoração há 14 anos.
TRIBUNA ONLINE — O Vitória nunca tinha passado da primeira fase na Copa do Brasil. O quanto essa classificação representa?
EDINHO — Escreve o nome de todos os jogadores aí! Vamos ser lembrados. Vou contar para o meu filho. Ele tem cinco anos hoje, quando tiver 20, vai lembrar que o papai está na história do Vitória.
Estádio cheio, fez gol na mesma trave. Te lembrou o título de 2006 no Capixabão?
Isso é trabalho. Eu treino pra caramba. Independentemente se eu fiz o gol, o gol foi do Vitória, não do Edinho. Papai do Céu me abençoou e eu coloquei para dentro. Esse foi o momento pelo qual trabalhamos. Me lembrou 2006, o gol que fiz foi na mesma trave, e agora o gol da vitória e da classificação também.
Em 2006, você também comemorou o gol no alambrado...
Qual é o momento mais gostoso do futebol? O gol! Como vou fazer um gol e não comemorar? Melhor acabar o futebol. A melhor sensação que existe dentro do campo é o gol! Eu sabia que ia levar o cartão amarelo por causa disso, mas é um momento único.
Pode ser considerado um dos melhores inícios de temporada do Edinho?
Já vivi muitos momentos bons, principalmente jogando no Irã e no Catar. Mas com 29, 30, 31 anos. Com 37...! Vamos para a gíria do futebol. Eu estou na ponta do casco! Voando!
Você deu sua camisa para o seu tio Toninho no fim da partida e ele se emocionou. Prometeu isso a ele?
Ele falou que o gol seria meu. Eu perguntei: “Vai ser de falta?”. Aí ele falou, “Não, vai ser de fora da área”.
Depois dessa classificação, como chega o Vitória para o clássico contra a Desportiva, pelo Capixabão, no próximo domingo (09)?
Posso responder essa pergunta amanhã (sexta-feira), não? (risos). Amanhã (sexta), a gente já desliga a Copa do Brasil e liga o botãozinho do Capixabão. Jogo difícil, a Desportiva estreou perdendo e não vai vir aqui de brincadeira, mas nós vamos nos preparar para recuperar o máximo e procurar jogar com a intensidade que a gente vem jogando nas partidas
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