Gerson diz que correu risco de parar de jogar e lembra choro de médico
Volante ficou dois meses sem jogar por um problema no rim
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O volante Gerson ficou dois meses sem jogar por um problema no rim. Em entrevista à FlaTV, ele revelou que correu risco de precisar parar de jogar e lembrou a emoção do médico do Flamengo que o acompanhou.
"Afeta psicologicamente. Estava bem num dia, do nada passei mal, fui para o hospital, me internei duas ou três vezes. Passei a dar mais valor à vida. Ficava no telefone quase 24h. A gente não é médico, não tem essa ciência, mas até o último dia que fui ao hospital tirar o cateter... Agradeço a todos os médicos, doutor Marcelo (Soares), (Márcio) Tannure e agradeço em especial ao Bassan (Fernando). Foi uma parada que me surpreendeu. Quando tirei o cateter indo para casa, o Bassan se emocionou e meio que chorou, e eu perguntei: 'Por quê?
Ele me falou: 'Muitas pessoas estavam achando que seria simples sua cirurgia, e eu estava com medo de dar a notícia que você não ia poder jogar mais futebol'. Porque talvez eu teria que tirar o rim porque estava numa situação grave, só que eu não sabia. Agradeço a Deus por mais essa oportunidade de me deixar fazer o que mais gosto na vida", contou o jogador, no Resenha do Jogo da FlaTV
O QUE ACONTECEU
Gerson ficou 37 dias completamente parado desde a descoberta do problema (18 de fevereiro) até a volta dele ao CT para dar voltas no campo. Ele frequentava o CT para seguir com os companheiros no dia a dia.
Depois de voltar de forma gradual, o volante assegurou a titularidade. Gerson foi deslocado para o ataque e foi bem nas duas últimas partidas.
O camisa 8 também assumiu a faixa de capitão novamente. Arrascaeta havia recebido a braçadeira na ausência do meio-campista.
O QUE MAIS ELE DISSE?
Gol
Estava na hora de fazer um golzinho (risos), mas o principal é ajudar a equipe. Passei um momento difícil, mas sempre me coloquei à disposição para ajudar o mais rapidamente possível. Cada vez melhor, diria que quase 100% já. A gente como jogador pensa em se machucar no trabalho. Pode acontecer uma lesão do trabalho, mas acabei tendo um problema de saúde em que não tinha muito o que fazer porque já nasci assim.
Período em casa
Virei 100% torcedor. Tirei um pouco da parte de atleta e virei mais torcedor, indo direto para os jogos. Quando estou suspenso, já fico vendo o jogo e não dá, mano. O cara fica agoniado. Graças a Deus, agora estou em campo e com meus companheiros no dia a dia. Jogador de futebol tem duas famílias, a família de casa e do clube, que muitas das vezes estamos mais com eles. Tem a parte ruim de estar na cama de hospital, mas tem o lado dos companheiros mandando mensagem e querendo te visitar. É bom ver que seus companheiros querem o teu bem.
Capitães que inspiram
Na minha vida nunca almejei ser capitão, sempre quis fazer o melhor para o time. Um cara com quem eu falava muito é o Diego Ribas, que em 2019 já ele falava que eu tinha um papel de liderança. Ele falava para eu seguir meu caminho e com meu jeito para as coisas acontecerem naturalmente. Levo isso na minha vida, mostro para a minha filha, e continuo sendo quem eu sou. Se você sabe quem é, sabe onde quer chegar. Usei a braçadeira uma vez, outra vez, e é uma coisa que vou levar para o resto da minha vida.
Lorran
Meu filho? Craque, está louco. Eu tenho minha opinião: no meu modo de ver, eu acho craque. Diferenciado, moleque bom, escuta. Eu subi numa forma difícil, os caras eram mais cascudos, e a coisa era mais sinistra. Além de uma foto que saímos eu e ele, ele falou que tem mais uma foto. Ele vinha aqui e queria tirar foto só comigo. Moleque extraordinário, coração gigante, moleque puro. Vem da mesma essência do que eu, que é uma coisa que ajuda muito a gente.
Tem muito a dar para o Flamengo. E sinto muito informar, rapaziada, mas já já o moleque vai seguir a vida. Todo o elenco acha isso. Teve a entrevista que o Cebola falou "vocês não viram nada". Moleque tem 17 anos. Não basta ser muito inteligente. Tem personalidade, vai para cima e pede a bola.
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