Fluminense enfrenta Manchester City para concretizar sonho de ser campeão mundial
Um time sul-americano não é campeão desde 2012, quando o Corinthians foi à decisão e venceu o Chelsea
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Em busca do tão sonhado título do Mundial de Clubes da Fifa, o Fluminense enfrenta o Manchester City, vencedor da Liga dos Campeões da Europa, nesta sexta-feira, às 15h (horário de Brasília), no estádio Rei Abdullah, em Jeddah, na Arábia Saudita. Em caso de empate no tempo normal, o campeão inédito pode sair da prorrogação de 30 minutos, com dois tempos de 15, ou das cobranças de pênaltis.
Para chegar à decisão, na semifinal o Fluminense venceu o Al Ahly, do Egito, por 2 a 0, com gols de Arias, de pênalti, e John Kennedy. Os egípcios tinham despachado por 3 a 1 o Al-Ittihad, da estrela francesa Karim Benzema. Já o Manchester City avançou à decisão com um triunfo por 3 a 0 na semifinal sobre o Urawa Reds Diamonds, do Japão. O time japonês havia passado pelo Auckland City, da Nova Zelândia.
O Fluminense conta com a experiência de Marcelo, tetracampeão do mundo com o Real Madrid, para conquistar um título único para a sua galeria de troféus logo em sua primeira aparição. Esta também é a primeira vez que o Manchester City disputa o torneio, nem sempre tão valorizado pelos clubes europeus.
Um time sul-americano não é campeão desde 2012, quando o Corinthians foi à decisão e venceu o Chelsea, por 1 a 0, com gol de Paolo Guerrero. Neste período, o Brasil chegou ao Mundial em seis oportunidades, sendo que em três acabou eliminado na semifinal, com Palmeiras, Flamengo e Atlético-MG. Nas outras três, perdeu na final, com Palmeiras, Flamengo e Grêmio.
Para este duelo histórico, o técnico Fernando Diniz vai com força máxima. Após fazer um grande jogo contra o Al Ahly, o volante Martinelli continuará entre os titulares, assim como Felipe Melo, que fará a dupla defensiva com Nino.
Herói do título da Libertadores e autor de um dos gols sobre o Al Ahly, o atacante John Kennedy continuará como opção no banco de reservas. Ele é uma espécie de amuleto de Fernando Diniz para jogos decisivos.
"Para a gente, é um grande desafio. Trabalhamos muito para essa partida. Desde que eu cheguei no Fluminense sonhamos com isso. Desde que me conheço, sonho com isso. Não consegui como jogador, mas estou conseguindo participar da decisão do título mundial como treinador", disse o treinador, que resumiu o que espera na decisão: "Eles têm grandes jogadores, mas nós estamos preparados e temos o direito de sonhar".
O atual técnico da seleção brasileira reafirmou na sua última entrevista coletiva que não vai abrir mão do seu estilo de jogo. "Muita gente acha que a gente só joga para frente, mas nós também estamos marcando muito. Todos sabem que gosto do estilo brasileiro, de jogar com a bola nos pés e para frente".
Do outro lado, o espanhol Pep Guardiola não terá duas de suas principais estrelas: o meia belga De Bruyne e o atacante Haaland, o artilheiro norueguês. Eles foram para a Arábia Saudita, mas acabaram cortados, assim como o atacante Doku, que vinha sendo opção entre os suplentes. O clube inglês é uma verdadeira seleção mundial. Dos 23 jogadores inscritos, 17 deles participam da Copa do Mundo do Catar, no ano passado.
A expectativa é que o Manchester City seja escalado praticamente com os mesmos jogadores que estrearam com uma fácil vitória. A única mudança deve ser defensiva com a entrada do zagueiro Rúben Dias no lugar de Akanji. Mas o que não falta é respeito com o time brasileiro, a começar pelo seu técnico.
"Conheço exatamente o talento e a qualidade do Fluminense. Sabemos, então, o que significa o Mundial para os times sul-americanos. Será uma final dura. E viemos por isso. Conheço meus jogadores e os respeito pelo que fazem, é muito boa a forma como jogam. Teremos um jogo atípico, contra um estilo no qual nunca enfrentamos, mas vamos fazer o possível para vencer", prometeu Guardiola, apontado como um dos melhores do mundo na atualidade.
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