Flamengo fecha janela no limite do orçamento e cumpre principais pedidos
De La Cruz, Viña e Léo Ortiz chegaram para suprir as principais carências da equipe
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A janela de transferências fechou nesta quinta (07) e o Flamengo investiu quase R$ 160 milhões. Com direito a novelas e reviravoltas, o Rubro-negro riscou da lista as principais carências e coloca pressão sob os ombros de Tite para fazer a equipe funcionar.
A diretoria tinha como prioridades a zaga, a lateral esquerda e o meio-campo. Léo Ortiz, Matias Viña e De la Cruz chegaram ao clube com status de grandes contratações. Apesar de ter buscado reforços para outros setores durante os últimos meses, essas três posições eram vistas como fundamentais.
Os valores foram altos nos três casos. Foram R$ 77,7 milhões à vista para o River Plate por De la Cruz, R$ 42,8 milhões de forma parcelada para a Roma por Matias Viña, e outros R$ 37,6 milhões ao Red Bull Bragantino por Léo Ortiz. No caso do lateral e do zagueiro há bônus de 1 milhão de euros (R$ 5,3 milhões cada) por títulos. Sem as metas, são R$ 158,1 milhões. Com elas o número total chegaria a R$ 168,7 milhões.
O Flamengo previa cerca de R$ 160 milhões para contratar em 2024. Ou seja, o clube fica no limite do que foi aprovado no orçamento. Esse número, porém, cresce em caso de vendas de jogadores, algo que aconteceu nesta janela com Santos, Matheuzinho e Thiago Maia.
Desde 2019, esse foi o segundo maior investimento do Flamengo em contratações. Em 2020, o clube gastou R$ 159,7 milhões por quatro jogadores (compra de Gabigol, Michael, Léo Pereira e empréstimo de Pedro). Gustavo Henrique e Pedro Rocha chegaram sem custos.
O Fla vai seguir atento a oportunidades na brecha especial da janela. O clube pensa em um meio-campista para o setor de Gerson, que ficará fora nos próximos meses. Uma cláusula no Regulamento Nacional de Registro e Transferência de Atletas da CBF permite contratações entre os dias 01 e 19 de abril de atletas que estiveram nos estaduais.
Novelas e gelo no sangue
A palavra de ordem no Flamengo foi paciência. O "gelo no sangue", como Marcos Braz gosta de dizer, para levar adiante as negociações.
Por De la Cruz não houve muita conversa. O Fla já tinha o uruguaio como alvo há meses, tentou negociar com o River Plate um valor menor na janela passada e, sem sucesso, fez o pagamento da multa no final do ano passado para ter o meia.
Nos casos de Viña e Léo Ortiz foi preciso mais tempo. O Fla foi para a Europa para avançar na chegada do lateral e conversar pessoalmente com a Roma. Já o zagueiro foi o negócio mais demorado, acertando quase no fim da janela.
O Flamengo mapeou outras alternativas para as posições. O clube seguiu analisando o mercado e consultou situações para o caso de as conversas não darem certo.
Mas o clube também se deu mal em alguns casos. O principal deles foi com Luiz Henrique. Marcos Braz e Bruno Spindel foram até a casa do jogador na Espanha para negociar e tiveram retorno positivo, mas o Real Betis foi firme no desejo de vender o atacante. O Botafogo levou o atleta. Também não houve acordo por Maycon, emprestado ao Corinthians.
O Flamengo perdeu vários jogadores. Filipe Luís se aposentou, enquanto Rodrigo Caio e Everton Ribeiro não tiveram os contratos renovados. Matheuzinho, Santos e Thiago Maia foram vendidos. O zagueiro Pablo foi emprestado ao Botafogo.
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