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Esportes

Flamengo conhece adversário na semifinal do Mundial de Clubes da Fifa

Al-Hilal vence Wydad e encara o Flamengo na semi do Mundial de Clubes


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Imagem ilustrativa da imagem Flamengo conhece adversário na semifinal do Mundial de Clubes da Fifa
Pedro está confiante em uma boa atuação do Flamengo no Mundial. Time carioca busca o bicampeonato |  Foto: Estadão Conteúdo

O Al-Hilal venceu o Wydad Casablanca nos pênaltis por 5 a 3 após empate por 1 a 1 no tempo regulamentar hoje (21) no Estádio Príncipe Moulay Abdellah e vai enfrentar o Flamengo na semifinal do Mundial de Clubes da Fifa.

É natural que o torcedor deseje um caminho mais tranquilo para avançar à decisão e encarar, provavelmente, o Real Madrid. O difícil é apontar qual adversário será menos complicado. Tanto marroquinos quanto sauditas trazem prós e contras dentro de seus clubes e ligas locais devido a diferentes formas de investimento.

No desembarque, do time rubro-negro na madrugada desta sexta-feira (04),  o atacante Pedro e o volante Vidal falaram sobre o objetivo do Fla. “A expectativa é de fazer uma grande competição e conquistar nosso maior objetivo”, disse Pedro, seguindo a mesma linha que Arturo Vidal.

“Chegamos com muita vontade ao Mundial. Vamos ganhar”,  completou o volante chileno.

Atuais campeões nacionais, ambos não estão na liderança no momento. O Wydad está na segunda colocação do Campeonato Marroquino, dois pontos atrás do líder FAR Rabat, enquanto o Al Hilal em terceiro na liga saudita, com dois pontos a menos que o Al Nassr de Cristiano Ronaldo.

Se na Arábia Saudita o dinheiro para contratações passa muito pelos petrodólares, no Marrocos o investimento é feito pensando no futuro da seleção e da liga local.

Jogando como “dono da casa”, o Wydad conta com a força de sua apaixonada torcida. O clube disputa com o Raja Casablanca e o FAR Rabat o posto de maior do país. Os três possuem, juntos, o maior número de torcedores e títulos. A ascensão após um período de declínio veio aliada ao planejamento esportivo do país e mudanças na liga local.

Em 2011, a Federação Marroquina aboliu o antigo campeonato nacional e criou uma nova liga de clubes, possibilitando a venda de naming rights e direitos de transmissão para empresas estrangeiras. A receita passou a ser dividida igualmente entre os clubes. Antes mesmo desta injeção financeira, a liga marroquina já era uma das mais atrativas da África.

O foco da federação passou a ser a criação de centros de treinamento. O objetivo era elevar o nível dos atletas e não deixar a seleção tão dependente do processo de captação de descendentes de marroquinos formados em CTs da Europa, como é o caso das estrelas Hakimi e Zyiech, de PSG e Chelsea, respectivamente. Por tabela, os grandes do país passaram a se beneficiar com mais dinheiro e talento disponíveis.

Se de um lado o Marrocos foi bicampeão (2018 e 2020) do Campeonato das Nações Africanas e semifinalista da Copa do Mundo do Catar, o Wydad Casablanca ficou com o título da Liga dos Campeões da África em 2017 e 2022, além de ser vice em 2019 e faturar cinco das últimas oito edições do Marroquino.

O elenco do Wydad é formado basicamente por jogadores nascidos no país. Bem diferente da Arábia Saudita e do Al Hilal. O clube dos conhecidos ex-atletas rubro-negros Michael e Cuéllar é o que tem mais torcida, dinheiro e títulos, mesmo com a forte concorrência do Al Nassr de Cristiano Ronaldo.

A chegada do astro português ajuda a explicar como funciona o futebol na Arábia Saudita. Em meio a investimentos bilionários dos príncipes, o importante não é só vencer, mas demonstrar poder. O sportswashing (usar esportes para melhorar reputações desgastadas por ações erradas) é uma prática crescente do país, sempre no foco por denúncias de desrespeito aos direitos humanos.

Por isso clubes como Al Hilal, Al Nassr e Al Ittihad investem em estrelas como Cristiano Ronaldo. Potência econômica dentre os países árabes, a Arábia Saudita tem grande parte de suas finanças baseada no petróleo. O país tem a maior reserva do mundo e é o maior produtor e exportador mundial - responsável por 75% a 80% das receitas do Reino.

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